ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA
DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
22-12-2008.
Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de
dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e três minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Margarete
Moraes, Maurício Dziedricki e Sebastião Melo. Constatada a existência de
quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila,
Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon. Na
oportunidade, foi apregoado o Memorando nº 124/08, do Gabinete do Vereador
Aldacir Oliboni, informando que Sua Excelência não compareceria à presente Sessão,
em função do falecimento do seu sobrinho, Daniel Oliboni. Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 1368145, 1367149, 1372800 e 1372897/08, do
Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
João Antonio Dib relatou visita realizada por Sua Excelência, no dia dezenove
de dezembro do corrente, ao Município de Campo Bom, manifestando sua satisfação
com a estrutura viária daquela Cidade. Nesse sentido, discorreu acerca de propostas
relativas à implantação de ciclovias em Porto Alegre, questionando a viabilidade
de se construírem faixas exclusivas para o trânsito de bicicletas nas
principais avenidas porto-alegrenses. O Vereador José Ismael Heinen afirmou que
há contradições no discurso dos integrantes da Bancada do PT nesta Casa,
relativamente à criação de cargos públicos, afirmando que essa Bancada apóia,
no Governo Federal, as mesmas medidas que critica por parte do Executivo
Municipal. Ainda, reportou-se à ocorrência de catástrofes climáticas em
diversos Estados do Brasil, protestando contra a cobrança de impostos federais
na compra de materiais enviados como ajuda aos flagelados. O Vereador Carlos
Comassetto contraditou afirmações do Vereador José Ismael Heinen, acerca
da criação de vagas na esfera pública federal, alegando que essas iniciativas
visam a atender as necessidades da população. Nesse sentido, ressaltou que
serão criadas duzentas e quatorze Escolas Técnicas Federais no País, inclusive
uma em Porto Alegre, e que isso demandará a contratação de mais professores.
Finalizando, defendeu projeto do Senador Paulo Paim, de reposição integral de
proventos aos aposentados. Em continuidade, constatada a existência de quórum deliberativo,
foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando
Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia vinte e nove de dezembro
do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Claudio Sebenelo criticou o
Governo Federal pelas políticas públicas implementadas, especialmente nas áreas
educacional e socioeconômica. Nesse contexto, alegou que o Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva incorre em contradições quando incentiva a população ao
consumismo e declara que o País está em crescimento, sem levar em consideração
a recessão mundial decorrente da crise nas bolsas de valores, que poderá em
breve repercutir no Brasil. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador
Adeli Sell replicou críticas realizadas por Vereadores desta Casa ao Governo
Federal, sustentando que Partidos como PSDB e DEM abrigam integrantes que deram
sustentação às políticas do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, de apoio
aos bancos e ao capitalismo. Nesse aspecto, declarou que o Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem enfrentado a crise por meio de políticas preventivas
em áreas fundamentais para o desenvolvimento. Após, em face de Licença para
Tratar de Interesses Particulares do Vereador Guilherme Barbosa no dia de hoje,
aprovada no dia dezessete de dezembro do corrente, o Senhor Presidente declarou
empossado na vereança o Suplente Mauro Pinheiro, informando que Sua Excelência
integrará a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana. Na oportunidade, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador Carlos
Comassetto, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento do Suplente Gerson
Almeida em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador
Guilherme Barbosa. Em prosseguimento, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador
Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO
DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 219/08, com ressalva das Emendas apostas, após ser discutido pelo Vereador Marcelo
Danéris. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01,
02, 03, 04 e 05, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 219/08. Em continuidade,
foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Mauro Zacher, solicitando
Licença para Tratar de Interesses Particulares do dia de hoje ao dia vinte e
quatro de dezembro do corrente, tendo o Senhor Presidente declarado empossado
na vereança o Suplente Mario Fraga, informando que Sua Excelência integrará a
Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 058/08, com ressalva das
Emendas apostas, após ser encaminhado à votação pela Vereadora Maria Celeste.
Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 02 e 03,
apostas ao Projeto de Resolução nº 058/08. Após, foram apregoadas as seguintes
Emendas: de nº 06, de autoria do Vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PSDB,
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08 (Processo nº 3912/08); de
nº 12, de autoria dos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo e José
Ismael Heinen, Líder da Bancada do DEM, ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 019/08 (Processo nº 6703/08); de no 01, de autoria dos
Vereadores Beto Moesch e Dr. Goulart, Líder da Bancada do PTB; de nº 02, de
autoria dos Vereadores Beto Moesch, Carlos Comassetto, Líder da Bancada do PT,
e Dr. Goulart; de nos 03 e 04, de autoria dos
Vereadores Beto Moesch e João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP; e de nº 05,
de autoria dos Vereadores Beto Moesch e Carlos Comassetto, ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 118/08 (Processo nº 2937/08). Também, os Vereadores João Bosco
Vaz e Luiz Braz manifestaram-se acerca da autoria do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 018/08 (Processo nº 5271/08). Em Discussão Geral
e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 061/08, por vinte e
nove votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Dr. Goulart, Carlos Comassetto,
Sofia Cavedon, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Maria Celeste e Margarete Moraes,
em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart,
Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki,
Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e
tendo apresentado Declaração de Voto, conjuntamente, os Vereadores Adeli Sell,
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa e Marcelo
Danéris e a Vereadora Sofia Cavedon. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou
as presenças, neste Plenário, dos Senhores Pedro Ruas e Airto Ferronato,
eleitos Vereadores de Porto Alegre, e Tito Vieira. A seguir, foram apregoadas
as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08: de nos
13 e 14, de autoria dos Vereadores Adeli Sell, Dr. Goulart, Líder da Bancada do
PTB, e Luiz Braz; de nº 15, de autoria dos Vereadores Adeli Sell, Dr. Goulart e
Luiz Braz e da Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada do PCdoB; e de nº
16, de autoria do Vereador Professor Garcia, Líder do Governo. Também, foi
aprovado Requerimento de autoria do Vereador Professor Garcia, solicitando que
as Emendas nos 12, 13, 14, 15 e 16, apostas ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08, fossem dispensadas do envio à apreciação
de Comissões Permanentes. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal de
autoria do Vereador Professor Garcia, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação,
esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 211/08, o qual, após ser discutido
pelos Vereadores Sofia Cavedon, Carlos Todeschini, Adeli Sell, Maristela
Maffei, José Ismael Heinen e Luiz Braz, teve sua discussão adiada por uma
Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Sofia Cavedon. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº
059/08, por vinte e quatro votos SIM, após ser discutido pelo Vereador Adeli
Sell, em votação nominal solicitada pela Vereadora Neuza Canabarro, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Neuza Canabarro, Nilo Santos e
Professor Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 116/08, após ser discutido pelo Vereador Elói Guimarães. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
118/08, com ressalva das Emendas apostas, após ser discutido pelos Vereadores
Carlos Todeschini, Beto Moesch, Maristela Maffei e José Ismael Heinen. Foram
votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 01, 02, 03, 04 e
05, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 118/08. Após, foram apregoadas
a Subemenda nº 01, de autoria do Vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PSDB,
à Emenda nº 04, e a Emenda nº 17, de autoria do Vereador Luiz Braz, ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 019/08. Também, foi apregoado Requerimento
de autoria do Vereador José Ismael Heinen, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 12, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08. Ainda, foi aprovado Requerimento de
autoria do Vereador Luiz Braz, solicitando que a Subemenda nº 01 à Emenda nº 04
e as Emendas nos 08, 09, 10, 11 e 17, apostas ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 019/08, fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões
Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08, com ressalva das Emendas e Subemenda
apostas, por vinte e cinco votos SIM, após ser discutido pelo Vereador Adeli
Sell, em votação nominal solicitada pelo Vereador Claudio Sebenelo, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga,
Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos,
Professor Garcia e Sofia Cavedon. Foi rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por dez votos SIM, quatorze
votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Bernardino Vendruscolo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon, Não os
Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza,
Mario Fraga, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia e optado pela
Abstenção os Vereadores Ervino Besson e Sebastião Melo. Foram aprovadas a Emenda
nº 04 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 04, apostas ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08. Foi rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por nove votos SIM e quinze
votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Professor Garcia, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mauro
Pinheiro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr.
Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila,
Nilo Santos e Professor Garcia. Foi rejeitada a Emenda nº 06, aposta ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por dezesseis votos SIM e oito
votos NÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Sofia Cavedon, tendo
votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch,
Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila,
Nilo Santos e Professor Garcia e Não os Vereadores Adeli Sell, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela
Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Em prosseguimento, o Vereador Professor
Garcia formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da
presente Sessão. Às dezessete horas e vinte e um minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e vinte e três
minutos, constatada a existência de quórum. Foi aprovada a Emenda nº 07, aposta
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08. Foi aprovada a Emenda nº
08, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por vinte e
quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador José Ismael
Heinen, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Nilo Santos,
Professor Garcia e Sofia Cavedon. Foi aprovada a Emenda nº 09, aposta ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08. Foi rejeitada a Emenda nº
10, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por nove
votos SIM e quatorze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores
Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza,
Mario Fraga, Nilo Santos e Professor Garcia. Foi rejeitada a Emenda nº 11, aposta
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por dezesseis votos SIM
e nove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul,
Ervino Besson, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria
Luiza, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores
Beto Moesch, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Mario
Fraga, Nereu D'Avila, Nilo Santos e Professor Garcia. Na oportunidade, o
Vereador Elias Vidal registrou sua intenção de votar favoravelmente à Emenda nº
11, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08. A seguir, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Professor Garcia,
solicitando alteração na ordem de apreciação das Emendas apostas ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 019/08. Foram votadas conjuntamente e
rejeitadas as Emendas nos 13 e 14, apostas ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08, por oito votos SIM, onze votos NÃO e três
ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Professor Garcia, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Sofia
Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Maria Luiza,
Mario Fraga, Nereu D'Avila e Professor Garcia e optado pela Abstenção os
Vereadores Dr. Goulart, Maristela Maffei e Nilo Santos. Foi rejeitada a Emenda
nº 15, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, por nove
votos SIM e dezesseis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Margarete Moraes, Maria Celeste,
Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu
Brasinha, Beto Moesch, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Nilo Santos e Professor Garcia. Foram
aprovadas as Emendas nos 16 e 17, apostas ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 019/08. Em continuidade, foram apregoadas as
Emendas nos 07 e 08, de autoria do Vereador Carlos Comassetto, Líder
da Bancada do PT, e 09, de autoria do Vereador Professor Garcia, Líder do
Governo, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08 (Processo nº
3912/08). Também, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Professor
Garcia, solicitando que as Emendas nos 07, 08 e 09, apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08, fossem dispensadas do envio
à apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, foi apregoado Requerimento de
autoria do Vereador Carlos Comassetto, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando votação em destaque para a Emenda nº 06, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 008/08. Após, foi apregoado Requerimento de
autoria da Vereadora Maristela Maffei, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 008/08. Em prosseguimento, o Vereador Professor
Garcia formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da
presente Sessão. Às dezessete horas e quarenta minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e dois
minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente
informou que será realizada Audiência Pública às dezenove horas do dia de hoje,
destinada a debater o conjunto de medidas atinentes ao Programa Integrado
Socioambiental – PISA. Em continuidade, por solicitação do Vereador Alceu
Brasinha, foi realizada verificação de quórum, tendo registrado presença os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesh, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nereu D'Avila, Professor Garcia
e Sebastião Melo. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia.
Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Professor Garcia agradeceu o apoio recebido
durante o corrente ano, como Líder do Governo, no que se refere às relações
políticas construídas nesta Casa para a votação de matérias importantes para a
Cidade. Ainda, desejou a todos feliz Natal e bom Ano-Novo, argumentando que a
sociedade atual tem se caracterizado pelo individualismo, mas que os
porto-alegrenses sempre se uniram para reivindicar o melhor para a Cidade. Às dezessete
horas e cinqüenta e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados
pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos
do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos
seus integrantes.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, temos uma longa Ordem do Dia, mas não há quórum para entrarmos
nesse período. Consulto os Líderes de Bancada se, neste momento, desejam fazer
uso da Liderança; senão, vou propor a inversão da Pauta, para depois entrarmos
na Ordem do Dia.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, na sexta-feira fiz uma visita ao meu filho que mora em Londres
e tem negócios em Campo Bom, foi quando conheci o Prefeito Giovane Feltes, do
PMDB, Partido de Vossa Excelência. É uma pessoa extremamente gentil, nota-se
que é um executivo de alto nível. Depois do almoço, ele solicitou que um de
seus assessores me mostrasse a cidade. Realmente fiquei encantado: uma Cidade
com um orçamento de cem milhões de reais; toda ela pavimentada, com vias, para
as quais se depreendia, sem dúvida nenhuma, que houve planejamento viário,
inclusive há uma ciclovia. Aqui em Porto Alegre temos um plano cicloviário, mas
não temos um plano viário, que é absolutamente indispensável, nós precisamos de
um plano viário.
O Prefeito foi levar ao Ministro das Cidades o
plano cicloviário; eu lastimo profundamente que ele tenha incorrido nesta falha,
orientado pela sua assessoria. Evidentemente, o Prefeito não planeja, não faz
projetos; ele determina aos seus Secretários que lhe apresentem as soluções. O
Prefeito foi dizer ao Ministro das Cidades que Porto Alegre construiria 495km
de ciclovias.
Eu ouvi o Ver. Mauro Zacher, em um debate na
TVCâmara, falar da importância da ciclovia. Ninguém precisa falar da
importância da ciclovia, porque todos nós conhecemos! Mas a viabilidade de
fazer a ciclovia, como o Secretário Senna anuncia, na Av. Ipiranga - eu quero
ver essa ciclovia, eu quero aplaudir essa ciclovia... Só que, como engenheiro
que sou, não vejo a sua viabilidade. Eu vejo, por exemplo, o Secretário Senna
informando que vai fazer uma ciclovia na Av. Independência. Meu Deus do céu! Se
às duas horas da tarde desta sexta-feira passada a Av. Independência estava
congestionada, aonde vai sair a ciclovia? Será que a ciclovia é aérea? E, na
Av. Ipiranga, aonde ele vai fazer a ciclovia? Vai derrubar os postes da CEEE, a
energia de alta tensão transmitida através daqueles postes? Será que vai fazer
uma plataforma sobre o arroio e, aí, então, uma ciclovia com três metros ou
três metros e meio de largura? Então, acho muito cedo para falar em ciclovia em
Porto Alegre. Sobre os dois quilômetros ou três quilômetros da ciclovia da Av.
Diário de Notícias, o holandês que aqui esteve disse que é muito bom para
caminhar; não tem calçada, tem ciclovia. Só se na Av. Ipiranga ele quiser fazer
a mesma coisa: não vai ter calçada, vai ter ciclovia; se ele quiser misturar pedestres
com bicicletas, pode ser.
Então, cumprimento o Prefeito de Campo Bom, uma
cidade limpa, bonita e que vale à pena ser visitada. É uma cidade, pelo jeito,
onde todo mundo tem emprego, não vi miséria nas ruas. Fiquei realmente contente
de ter aceito o convite do Prefeito para percorrer aquela cidade, as suas
avenidas, todas asfaltadas; são pontes, parques, é realmente uma beleza. E
ontem, quando assistia ao Canal 16, ouvi o Ver. Mauro Zacher falar mal da
ciclovia de Campo Bom, se eu não estou equivocado. Eu acho que o equivocado era
o Ver. Mauro Zacher ao dizer que a ciclovia, lá em Campo Bom, não funcionava.
Não, lá tudo funciona e muito bem. Primeiro foi feito o Plano Viário e, depois,
o Plano Cicloviário. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ismael
Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste, lendo as informações do jornal Zero Hora e de outros jornais de hoje e
ouvindo as informações na Globo ontem, vejo, Ver. Brasinha, como é difícil, às
vezes, a gente pertencer a um Partido e ter de fazer oposições pontuais. Nós
estávamos discutindo, na semana passada, aqui, a criação de duas Secretarias muito
importantes para o futuro de Porto Alegre, éramos questionados sobre a criação
de trinta cargos. Mas hoje, abrindo os jornais, vejo que em 2007 foram criados
71 mil novos empregos federais e, este ano, foram criados em entorno de 43 mil
novos empregos, que estão lá no Congresso para serem aprovados, numa época
muito boa de Medida Provisória. São 43 mil novos empregos para a
“companheirada”, o que vai dar um custo de um bilhão e trezentos milhões/ano a
mais para o País. Então, aqui, o Partido é contra; lá ele abre as burras,
pagando, aumentando, dando emprego para a “companheirada” toda.
Mas
quero me focar em outro assunto: houve em Santa Catarina uma eclosão ambiental,
a chuva está indo para o Estado de Minas Gerais, onde está acontecendo a mesma
coisa, assim como no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, e o Governo pede
doações para salvar as vítimas e o patrimônio daqueles povos; são doações e
mais doações. Mas ouvi a notícia hoje ao meio-dia - que me deixou estarrecido -
de que no Estado do Rio de Janeiro a população estava há três dias sem água
potável e sem comida, com a fome estampada nos rostos, e o Governo pedindo que
a gente mande ajuda aos nossos patrícios, que estão lá precisando realmente.
Mas o Governo de lá, disfarçadamente, está usando o Fundo do Garantia pelo
Tempo de Serviço dos trabalhadores para acelerar outras coisas, e também é o
que ele tem mandado para lá, para que eles possam sacar seis meses,
tão-somente.
E
fico me perguntando: se mandarmos para lá material para construírem uma casa,
para aquela população que perdeu tudo e já paga um monte de impostos, a metade
do valor daquela casa é paga em impostos para quem? Para os Governos Federal,
Estadual e Municipal. Em contrapartida, que ânimo para comprar telhas, madeira,
tijolos e mandarmos para lá, se já estamos colaborando com 50% daquilo em
impostos para o Governo? Nós temos que ser solidários com aqueles que mais
sofrem! Olhem, eu, de bom grado, pegaria meu salário e compraria o que fosse
necessário para ajudar se pudesse declarar o imposto de renda e se o Governo
fizer a sua parte. Se é lá para os flagelados, que não cobre impostos, pelo
menos isso! Eu tenho certeza de que estaríamos avançando bem mais no socorro
àquelas vitimas das águas torrenciais - águas pontuais, convergentes, como
falam agora os ambientalistas -, se ao menos o Governo os isentasse. Mas o
Governo é omisso, só quer impostos.
Vamos ajudar os flagelados, vamos mandar dinheiro
para lá. Mas agora vamos facilitar, vamos ser justos, solidários: em vez de
mandar quatro casas, poderíamos mandar seis, se não precisássemos pagar duas
casas em impostos para o Governo Federal. Isso, então, é para ficarmos
pensando. Com a presença do pessoal do Governo Federal aí, fica a sugestão de
declararmos as doações como despesa no Imposto de Renda. É uma medida justa
para que possamos realmente ajudar àquela população, não sendo o Governo tão
ávido por impostos. Não vejo uma medida do Governo para diminuir os impostos da
comida, o imposto da água mineral, que a gente compra para mandar para lá.
Ninguém abona os impostos, e o dinheiro dos impostos não está indo para lá
também. Então, é muito bom fazer festa, fazer baile com a orquestra dos outros,
na casa dos outros; enquanto isso, não nos preocupamos com nada, somente em
aumentar e aumentar a receita dos impostos deste País. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e
senhores, o Brasil está numa situação extremamente confortável perante a conjuntura mundial, perante o modelo
de desenvolvimento econômico que os defensores do Estado mínimo apregoavam como
a grande salvação da humanidade, numa visão neoliberal, dizendo que não
precisavam mais do Estado, que tudo estava resolvido, bastava deixar que o
mercado regulasse as relações. Eu tenho que me referir, sim, Ver. José Ismael
Heinen, e V. Exª tem que centrar o seu discurso para dizer que a direita sempre
defendeu no mundo o Estado mínimo, dizendo que não precisava de Estado. E vem
aqui fazer a crítica de que, através de concurso público, o Governo Federal
está contratando servidores para a área da Educação, para a área das políticas
ambientais, para a área da Saúde, para a área dos serviços sociais, para a área
de Engenharia e infra-estrutura... Mas isso é equipar a União, para que ela
tenha política de Estado e não política de Governo; uma política de Estado que
atenda às necessidades da população, uma política que gere riqueza, mas que
também distribua riqueza.
Porto
Alegre está ganhando, Verª Margarete Moraes, uma Escola Técnica Federal,
projeto que o Ministro Fernando Haddad, junto com o Presidente Lula,
desenvolveu para todo o Brasil. Ela será uma das 214 escolas técnicas federais
que estão sendo construídas em todo o País. Ver. Dr. Raul, V. Exª que defende o
planejamento familiar: hoje o Ministério da Saúde está dando prioridade para
esse tema, debatendo e organizando isso. Mas também temos que dar prioridade à
Educação. O que o Ver. José Ismael Heinen teria que dizer aqui é que a sua
Governadora, que ele defende e que ajudou a eleger, é contra o piso básico para
os professores, um projeto do Governo Lula e do Ministro Fernando Haddad; aqui
em Porto Alegre, Ver. Claudio Sebenelo, será aberto concurso público para sessenta
professores e mais os funcionários para a Escola Técnica Federal. Vir aqui
dizer que é contra a contratação de funcionários para atuarem na política
pública na União é defender o Estado mínimo. Mas, neste momento, as grandes
empresas e os baluartes do capitalismo, que são os bancos e as grandes
montadoras, faliram no mundo - e elas favoreceram, sim, uma casta dirigente -,
e essas incorporadoras os bancos recorrem ao Estado para que ele injete
dinheiro.
Tive o prazer de participar na sexta-feira de um
debate sobre a tese que defende o Senador Paim de acabar com o Fator
Previdenciário, quero dizer que os aposentados têm direito, sim, à reposição
salarial na integralidade dos aumentos que são repassados aos trabalhadores.
Isso é fazer um debate nacional. E nós fazemos esse debate, inclusive, quando
existem contradições no nosso Governo, porque é enfrentando os temas, podemos
nesta Casa dizer que o Estado tem que ser forte, mas tem que estar direcionado
para quem precisa. E a nossa Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, quando
vota um projeto aqui de criação de uma Secretaria, não é só para criar Cargos
em Comissão, essa Secretaria tem que estar voltada para atender às demandas da
população.
Portanto, quero deixar registrado que os defensores
do Estado mínimo e do neoliberalismo mundial têm que reconhecer que essa tese
está falida, que o Estado tem que ser forte e que tem que ter política de
geração e distribuição de renda, política para quem precisa. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião
Melo): A Verª Margarete Moraes solicita Licença para
Tratar de Interesses Particulares no dia 29 de dezembro de 2008. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; demais Vereadores, quem ouve o Ver. Carlos
Comassetto falar, certamente pensa que está num outro país, muito distante das
nossas agruras e das nossas dificuldades. Estamos num País em que 17 milhões de
crianças não têm direito à creche, num País em que 82% das crianças em idade de
alfabetização não se alfabetizam e se transformam em analfabetos funcionais,
talvez escrevam o nome, talvez saibam algum número, mas não aprenderam a
pensar, num País que tem uma cidade chamada Porto Alegre com quase setecentas
favelas, este País está crescendo na crise!
Como diria, Ver. Carlos Comassetto, o grande
Senador Cristovam Buarque: “Crescer é distribuir cestas básicas, é distribuir
Bolsa Família. Ser grande é não precisar dela!” Essa é a questão, Vereador.
Esse discurso aqui, dizendo que os outros protegem as grandes corporações...!
Ora, os bancos brasileiros nunca tiveram o recorde mundial de um Banco Itaú
crescer, por semestre, meio Banco Itaú. Essa mamata vem de seis anos para cá!
Vejam as contradições de um Governo... Claramente, o Banco Central obriga a
baixar os juros, e o Presidente diz: “Vamos gastar!” Se quiserem enlouquecer uma tropa, mudem
de general a toda a hora; se quiserem enlouquecer uma população, fazer perder
os referenciais, façam exatamente o que o Governo está fazendo: ora baixando
juros de um lado, ora mandando gastar de outro, injetando bilhões para que haja
um processo inflacionário e cortando os juros para que não haja um processo
inflacionário! Quem tem razão?
É
esse paradoxo que o brasileiro tem que administrar, e sabe-se muito bem que
está escamoteada, mascarada a crise, porque, em volta da cidade de Porto Alegre
e no Rio Grande do Sul, um número fantástico de pessoas perdeu o seu emprego.
Porto Alegre tem hoje, à sua volta, 250 mil pessoas desempregadas! E dizer que
vai tudo bem? E dizer que nós somos privilegiados na crise? Ora, isso é, no
mínimo, desprezar a inteligência dos colegas Vereadores, das pessoas que nos
assistem, que sabem muito bem que a questão é muito pior. As populações mais
aquinhoadas, não há dúvida, vão viver melhor; agora, essas que estão nas
favelas, essas populações que estão nas escolas públicas, essas populações no
Brasil inteiro... E o Rio Grande do Sul tem uma qualidade de educação das
melhores que o Brasil já teve! Por favor, é destituído de qualquer base, de
qualquer comprovante estatístico, fazer como fizeram, quando fundaram aquele
saudoso “Nosso Primeiro Emprego”. Eles investiram 750 milhões, e o único
emprego gerado foi na Bahia, ele se chamava Wilson, era garçom!
Assim
é fácil; assim é fácil falar em Estado obeso, Estado impotente, em Estado em
que se tenha que contratar pessoas sempre por CCs, quase nunca por concurso
público! Ora, esse aumento, esse inchaço do Estado, todos nós sabemos aonde vai
estourar. O Estado sempre foi a válvula de escape das recessões, nós vamos
entrar numa profunda recessão agora com ou sem o Governo Lula; com ou sem
prestígio do Presidente Lula. A recessão é mundial, ela vai repercutir no
Brasil, sim. E não se pode vir aqui e dizer que não, que está tudo bem. Não,
não está bem!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, efetivamente, Ver. Nilo Santos, há
quem torça para que as coisas dêem errado. O PSDB e o DEM têm tomado uma
postura que achava que acontecia apenas em nível nacional, mas pude verificar
que aqui ocorre exatamente a mesma coisa. Não adianta o Mampituba, porque o
Mampituba não conseguiu aparar essas aves de mau agouro, que são o PSDB e o
DEM, que só têm tramado contra o Governo e contra a Nação, porque, quando falam
do capital financeiro, parece que eles não governaram o País por oito anos,
parece que não foram eles que sempre defenderam os bancos. Fico impressionado
com a fala do Ver. Sebenelo e do Ver. Heinen, porque os seus Partidos sempre
fizeram esse tipo de defesa. Nós, pelo contrário, sempre fizemos dura
fiscalização ao sistema financeiro. Nós, atualmente, estamos trabalhando para
diminuir a taxa Selic, estamos colocando os bancos na parede acerca do spread;
nós estamos chinchando, como diz a gauchada, a turma do Banco do Brasil e da
Caixa Econômica, que, muitas vezes, não se dão conta de que são bancos públicos
e que devem, portanto, antes de qualquer coisa, responder aos interesses
públicos, e não de alguns acionistas como no Banco do Brasil.
O
nosso Governo tem enfrentado a crise. As senhoras e os senhores verificaram as
milhares de pessoas que saíram às ruas nos últimos dias, para comprar, para
adquirir bens de consumo e bens duráveis, como automóveis. Enquanto que nos
Estados Unidos o Bush se vira e faz aquilo que não queria fazer, o nosso
Governo se adiantou, tirou o IPI, tirou o IOF, está dando condições de financiamento
para a casa própria, está fazendo uma política econômica que controla a
inflação, que controla o câmbio e que, ao mesmo tempo, não desemprega. A fonte
do Ver. Sebenelo não sei qual é; a minha é o DIEESE, que é quem, de fato,
pesquisa e tem um convênio com a Prefeitura, por sinal; o DIEESE, a FEE, a SMIC e
a Fundação de São Paulo. Era assim no Governo PT e é assim no Governo Fogaça,
os mesmos fazem as pesquisas, só que os dados não são esses; esses são dados
inflados, é a inflação do PSDB que eles esqueceram. Nós, pelo contrário,
estamos fazendo uma política de reinserção na atividade produtiva.
Àqueles que nada têm e nada podem, o Governo dá
Bolsa Família, para que seus filhos possam estar na escola; dá oportunidade
àqueles jovens que queriam estar na universidade e não conseguiram no passado
de FHC, o “príncipe dos sociólogos”. Mas foi exatamente no Governo do torneiro
mecânico Lula que deu o ProUni, Ver. Brasinha! Aquele que, como V. Exª e muitos
que estão aqui, inclusive, e os que nos ouvem, veio dos grotões do Brasil; os
filhos dessas pessoas, mesmo estando nos grotões do Brasil, têm direito de
estudar! E é o ProUni que está dando condições para esses jovens estudarem.
Pois o “príncipe da Sociologia” não conseguiu introduzir a Sociologia no Ensino
Médio. Mas foi o Governo do torneiro mecânico Lula, daquele que veio num
pau-de-arara, de Pernambuco, é que fez com que os nossos jovens, a partir do
ano que vem, tenham Filosofia e Sociologia no Ensino Médio! Não foi o “príncipe
dos sociólogos”, foi um homem comum! Comum, mas que comunga com as coisas
básicas do seu povo. E é por isso que nós temos orgulho de vir aqui e defender
essa questão contra as aves de mau agouro do PSDB e do DEM. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver.
Adeli Sell.
O Ver. Guilherme Barbosa solicita Licença para
Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Mauro Pinheiro, nos
termos regimentais, que integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos
Humanos.
Em votação o Requerimento desta Presidência, que
propõe a inversão dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Havendo
quórum, passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5381/08 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/08, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que dispõe sobre
a concessão de tratamento diferenciado e simplificado às microempresas, às
empresas de pequeno porte e aos empreendimentos de economia popular e solidária
nas contratações públicas de bens e serviços dos órgãos da Administração Direta
e Indireta. Com Emendas nos 01 a 05.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 17-12-08;
- adiada a
discussão por duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLL nº 219/08. (Pausa.) O
Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir o PLL nº 219/08.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Sr.
Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
este Projeto é de apoio às micro e pequenas empresas, Ver. Dib, origina-se de
um projeto do Sebrae nacionalmente. O Sebrae apresentou na Câmara Federal, Ver.
Dr. Goulart, um projeto de fomento, de apoio às micro e pequenas empresas,
obteve apoio do Congresso Nacional e do Governo Federal para que essas empresas
pudessem participar das licitações e das compras públicas até oitenta mil reais
- portanto, privilegiando as micro e pequenas empresas -, também até o
percentual de 25% de licitações públicas feitas pelos Municípios.
O
que a lei fez? A lei formulada pelo Sebrae, nacionalmente, propôs que se
mudasse a Lei nº 8.666, a Lei das Licitações, para que as micro e pequenas
empresas tivessem um tratamento de privilégio no Município - Ver. Mauro
Pinheiro, que trabalha bastante com as micro e pequenas empresas - com as
compras e licitações públicas. O que faz isso? Um cadastro mais simplificado,
períodos maiores para a apresentação de documentos e uma série de outros
privilégios e facilidades para que as micro e pequenas empresas sediadas no
Município possam ser favorecidas e então apoiar a geração de empregos. O Sebrae
apresentou isso no Congresso Nacional e obteve o apoio do Governo Federal. A
lei foi aprovada no ano passado e precisa de uma regulamentação municipal.
Alguns Estados estão bem adiantados nesse tema. No Estado de Santa Catarina,
por exemplo, já quase todos os Municípios têm essa lei regulamentada, Ver. Luiz
Braz, para que as micro e pequenas empresas dos Municípios possam participar. O
Paraná já está bem adiantado; São Paulo está se adiantando; o Rio Grande do Sul
é um dos que estão mais atrasados nisso, para regulamentar e favorecer as micro
e pequenas empresas.
Foi
uma longa conversa com o Ver. Professor Garcia, Líder do Governo, assim como
com os representantes da Fazenda e do Planejamento, para que as Emendas que
foram propostas pelo Governo - são cinco Emendas, se não me engano - se
adequassem ao Projeto, com o acordo do Governo Municipal e do Líder do Governo,
Ver. Professor Garcia. A partir dessa lei, a Prefeitura poderá ou não - fica a
critério do Prefeito - disponibilizar as licitações e compras públicas até
oitenta mil para as pequenas e microempresas e para a economia popular e
solidária, assim como também, nas licitações maiores, ela pode ser fracionada
até o montante de 25%, direcionada para as micro e pequenas empresas e para a
economia popular e solidária.
Simplesmente
é esta a proposta do Projeto: uma regulamentação, para que a gente possa
adequar a lei no Município de Porto Alegre, favorecendo as micro e a pequenas
empresas, Ver. Bernardino Vendruscolo, que está aqui nos assistindo também; que
a gente possa fomentar as micro e pequenas empresas de Porto Alegre. Este é o
Projeto de Lei, para o qual peço apoio de todos os Vereadores e Vereadoras, a
fim de aprová-lo e incentivar a micro e pequena empresa, juntamente com o mesmo
movimento que foi feito em nível nacional junto com o Sebrae, Congresso
Nacional e Governo Federal. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
Não há mais
quem queira discutir o PLL nº 219/08. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação as
Emendas de nºs 01 a 05. Se for possível algum acordo para votação em bloco,
ficaria mais fácil, Ver. Marcelo Danéris. Há alguma proposta para votação em
bloco das Emendas? (Pausa.)
(O Ver.
Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Srs. Vereadores, havendo acordo, coloco em votação o bloco das Emendas números
01, 02, 03, 04 e 05 ao PLL n° 219/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.
O Ver. Mauro Zacher solicita Licença para Tratar de
Interesses Particulares no período de 22 a 24 de dezembro de 2008. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver.
Mario Fraga, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 6845/08 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 058/08, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei nº 5.811, de 8 de dezembro
de 1986, e alterações posteriores, que estabelece o Sistema de Classificação de
Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências,
extinguindo as Funções Gratificadas de Assessor Técnico Legislativo e de Membro
do Gabinete de Estudos Legislativos e o Cargo de Coordenador da Assessoria de
Relações Institucionais, alterando a Descrição Sintética e Analítica das
atribuições do Cargo de Coordenador de Relações Públicas, criando o cargo de Assessor
de Relações Públicas e as Funções Gratificadas de Assessor de Gabinete de
Direção, Assessor Técnico da Presidência e Assessor em Revisão de Texto.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Adeli
Sell: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, §
1º, III, da LOM;
- incluído na
Ordem do Dia em 22-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o
PR n° 058/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) A Verª
Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do PR n° 058/08.
A SRA. MARIA CELESTE:
Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna encaminhar, pela
Bancada do PT, este Projeto de Resolução de autoria da Mesa Diretora do ano
passado, Verª Neuza Canabarro, na qual a senhora foi Vice-Presidente. De forma
muito transparente e contínua foi posto para avaliação, neste ano, pela atual
Mesa Diretora, um projeto administrativo da Casa. Nós, Ver. Sebastião Melo, que
inovamos ao fazer um processo de transição com muito rigor, com muita
transparência nesta Casa, colocamos várias iniciativas, para que, de fato,
pudéssemos ter aqui um processo administrativo de continuidade, inovando,
inclusive, as gestões nesta Casa. Dentro das questões que organizamos e da necessidade da organização
administrativa, verificamos vários problemas, elaboramos este Projeto, e foi
dada a continuidade.
O
que traz este Projeto? Ele traz a possibilidade de trabalharmos nesta Casa,
vendo a Câmara Municipal como um todo do ponto de vista administrativo,
setorizando os setores que precisam estar desempenhando funções, assimilando
esses setores; para tanto, há necessidade de se criarem essas FGs, de fixá-las
no setor. E não estamos criando despesas com este Projeto, pois estamos fazendo
economia de outras verbas que estamos extinguindo. Vamos produzir uma economia
nessa redução de despesas quando adequarmos as FGs aos setores correspondentes,
algo tão necessário do ponto de vista administrativo da Casa. Há necessidade de
que as Diretorias tenham, nos seus setores, técnicos qualificados, como já
temos, mas com reconhecimento desta Casa na questão das FGs, que ficarão
alocadas nos setores determinados. E mais do que isso: nós, no ano passado,
também criamos uma escola, a Escola do Legislativo Julieta Battistioli, Ver.
João Bosco Vaz, a primeira escola do Legislativo implantada, na prática, no
Estado do Rio Grande do Sul; a Câmara Municipal de Porto Alegre inovou a partir
disso, precisa ter estruturas e condições de funcionamento adequado, por isso
estamos propondo uma Emenda para a colocação de uma FG fixa na Escola do
Legislativo desta Casa.
É
importante que se diga que o processo desenvolvido nessas últimas gestões
especialmente deu conta de um processo de transição necessária do ponto de
vista administrativo desta Casa, porque, reiteradamente, a Câmara Municipal é
atacada - hoje, lamentavelmente, a gente vê nos jornais a mesma situação - dando
conta de que os Vereadores e Vereadoras desta Casa são caros para o Poder
Público, de que estão aqui apenas legislando para aprovar pequenas matérias,
como nomes de ruas e premiações. Quero relembrar que nós ousamos, no ano
passado, quando diminuímos os Prêmios nesta Casa. Tínhamos a possibilidade de
entregar nesta Casa quase setenta Prêmios. Os senhores lembram, nós trabalhamos
nisso. Criamos uma Comissão, e não foi da Mesa Diretora, foi uma Comissão
composta por vários Vereadores desta Casa: Ver. Garcia, Verª Margarete, Ver.
Luiz Braz e o Ver. Sebastião Melo, atual Presidente. A Comissão fez uma análise
do Regimento, propondo várias alternativas, inclusive a redução dos Prêmios.
E o Ver. Dr. Goulart, quando foi Presidente desta
Casa, na sua gestão, inovou, otimizando o espaço, não havendo mais necessidade,
Ver. Dr. Goulart, de passar pelo Plenário os Projetos de aprovação de nomes de
rua, como tínhamos, anteriormente, nas gestões da Casa. Por isso, tramitando
pelas Comissões, o Plenário não perde mais tempo com esse tipo de Projeto aqui;
houve, portanto, uma otimização do trabalho desta Câmara Municipal.
Encerramos uma Legislatura com uma Câmara cada vez
mais preocupada com um projeto administrativo, Ver. Luiz Braz, necessário,
inclusive, para as próximas presidências e para as próximas composições, de
responsabilidade de todos nós, exatamente preservando o Poder Público local,
otimizando os recursos. Nós fizemos uma grande economia, devolvemos ao Prefeito
Municipal, aos cofres Municipais, um milhão de reais, e já tenho notícias de
que o atual Presidente vai devolver quase dois milhões de reais ao Município
graças à economia que esta gestão, que esta Casa fez na administração,
contribuindo para a melhoria do Poder Público na cidade de Porto Alegre, contribuindo
inclusive para a melhoria dos serviços da Prefeitura de Porto Alegre.
Portanto, peço a aprovação deste Projeto aos nobres
Pares, porque estaremos, sim, dando um grande passo em prol das próximas
Administrações desta Casa. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço à
Verª Maria Celeste a manifestação.
Em votação o PR
nº 058/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em votação o bloco composto pelos pelas Emendas nºs 01, 02 e 03 ao PR nº
058/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos
a Emenda nº 06/08, de autoria do Ver. Luiz Braz, ao PLCE nº 008/08. (Lê.)
“Dispõe sobre a organização do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Municipal, nos termos do art. 31 da Constituição Federal e dos artigos 61 a 64
da Lei Orgânica do Município; cria a Controladoria-Geral do Município de Porto
Alegre, definindo a sua estrutura e atribuições e dá outras providências”.
O Assessor de Gabinete do Ver. Aldacir Oliboni
comunica que o não-comparecimento do Vereador à Sessão na data de hoje deu-se
pelo trágico falecimento do seu sobrinho, Daniel Oliboni, ocorrido em Bento
Gonçalves, o que a Casa registra com pesar.
Apregôo
a Emenda nº 12, de autoria do Ver. Ismael Heinen, Líder do DEM, do Ver.
Bernardino Vendruscolo e do Ver. Adeli Sell, ao PLCE nº 019/08. (Lê.) “Altera
as Leis Complementares nº 07, de 07 de dezembro de 1973, que institui e
disciplina os tributos de competência do Município; nº 113, de 21 de dezembro
de 1984, que institui a Taxa de Coleta de Lixo; nº 197, de 21 de março de 1989,
que institui e disciplina o Imposto sobre a transmissão de ‘Intervivos’ [...]”.
Apregôo
a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Beto Moesch e do Ver. Dr. Goulart, ao PLL nº
118/08 (Lê.): “Os resíduos oleosos gerados pela utilização de óleo vegetal ou
animal deverão ser armazenados adequadamente e encaminhados a empresas
coletoras licenciadas pelo órgão ambiental competente”.
Apregôo
a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Beto Moesch, também o Líder do PT, Ver.
Carlos Comassetto, e Dr. Goulart assinam a Emenda, ao PLL nº 118/08 (Lê.):
“Conduzir, preferentemente, os resíduos recicláveis separados e armazenados até
as associações ou cooperativas de triagem ou segregação, conveniadas com o
Departamento Municipal de Limpeza Urbana, participantes de projeto de geração
de renda desenvolvido no Município”.
Apregôo
a Emenda nº 03, de autoria do Ver. Beto Moesch, também subscrita pelo Ver. João
Antonio Dib, ao PLL nº 118/ 08 (Lê): “No cronograma, deverá ser incluída
mensalmente uma planilha atualizada contendo os períodos em que cada associação
ou cooperativa de triagem ou segregação estará trabalhando”.
Apregôo
Emenda nº 04, do Ver. Beto Moesch, assinada pelo Líder do PP, Ver. João Antonio
Dib, ao PLL nº 118/08 (Lê.): “Suprime-se o inciso III do art. 5º”.
Apregôo
a Emenda nº 05, de autoria do Ver. Beto Moesch, subscrito também pelo Ver.
Carlos Comassetto, ao PLL nº 118/08 (Lê.): “Os estabelecimentos mencionados no
artigo 1º desta Lei que já possuem licença de instalação e operação deverão
providenciar no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta lei,
os meios necessários para o seu cumprimento”.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 6912/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 061/08 – que autoriza o Poder Executivo a
prorrogar os contratos temporários de excepcional interesse público e efetivar
o recrutamento de 200 (duzentos) Agentes Comunitários de Saúde, consoante o que
preceitua o inciso IX do art. 37 da Constituição Federal e o inciso II do art.
17 da Lei Orgânica do Município.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Dr. Raul: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na
Ordem do Dia em 22-12-08.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em discussão o PLE nº 061/08. (Pausa.) O Ver. Dr. Goulart está com a palavra
para discutir o PLE nº 061/08.
O
SR. DR. GOULART: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
nada mais importante para a afirmação da Saúde Pública de um Município do que o
fortalecimento da ESF - antigamente chamava-se PSF -, Estratégia de Saúde em
Família. Nada mais importante. Foi uma antítese, uma volta ao passado no
sistema apresentado com a tecnologia do futuro, com a futurologia, na verdade,
do agora, do que está acontecendo agora. E o trabalho da Estratégia de Saúde de
Família resolve 80% dos problemas encontrados na comunidade, sem que haja
necessidade de levar para um hospital ou para um nível secundário. Resolve-se
ali.
Então,
o Executivo nos propõe continuar, estender o Projeto dos agentes comunitários
de saúde e contratar mais duzentos funcionários, porque, na verdade, houve uma
promessa do nosso Prefeito no sentido de que aumentaria barbaramente a
estrutura dos Núcleos dos agentes comunitários de saúde. Portanto, ele precisa
ter esses trabalhadores.
O
que me passa pela cabeça é que o planejamento já deveria ter sido feito há mais
tempo, um grande planejamento, para que pudéssemos fazer já os concursos, para
que pudéssemos ter esses funcionários como participantes do Estado, como uma
função de Estado. E aí - sou mais distensível do que a maioria dos políticos -
acho que pode ser por CLT também, não necessariamente por um contrato
governamental. Pode ser por CLT também. Mas que se contratem os funcionários da
Saúde.
Como
hoje é o penúltimo dia em que vamos trabalhar, ou antepenúltimo dia, não
podemos pegar essa discussão, a não ser como emblemática, como ideológica, ou
como para marcar posição. Nós temos que discutir no sentido de que temos que
atender o que o Executivo propõe, porque está terminando o ano, e há que se
começar o ano com agentes comunitários de saúde trabalhando, com novos agentes
contratados. Votaremos a favor porque isso é bom para o povo neste momento, mas
não é o melhor encaminhamento para o sistema. O melhor encaminhamento para o
sistema é o concurso público. De alguma maneira, o concurso público deverá
beneficiar os trabalhadores da Saúde incluindo-os num plano de cargos,
salários, de carreira.
Mesmo
eu sendo da base do Governo Fogaça e muito amigo do Secretário Eliseu Santos,
não posso dizer para vocês que não precisamos de concurso público e de plano de
carreira, porque nós precisamos. É melhor para a Saúde; será melhor trabalhada
a Saúde. Mas, infelizmente, hoje vamos ter que aprovar o que temos, porque,
senão, não ficaremos com nada. E deveremos abrir logo a discussão no início do
ano para exigirmos dos governantes uma estratégia, inclusive de trabalho, não
só estratégia de atendimento do povo nas vilas, mas estratégias para os valorosos,
para os grandes e heróicos trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família, que
resolvem primeiramente os problemas das doenças das comunidades. Então, senhores, não é a melhor coisa, mas nós
não podemos parar, senão não começaremos o ano com os agentes comunitários de
saúde, mas logo em seguida deveremos retomar essa conversa, para que eles
tenham concurso e plano de carreira.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do Ver. Pedro Ruas
no Plenário da Câmara, também do Ver. Airto Ferronato, do Dr. Tito Vieiro,
entre várias outras Lideranças. Recebam nossas saudações.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, o Projeto que estamos
discutindo neste momento e que votaremos em alguns minutos só está nesta Casa
devido a uma incapacidade de gestão da Secretária Municipal da Saúde e a uma
falta de vontade política do Governo Fogaça em resolver os problemas da Saúde -
a contratação emergencial ou, diga-se, a prorrogação dos contratos dos agentes
de saúde. Já fizemos aqui nesta Casa várias Audiências Públicas, e foi
assumido, aqui nesta tribuna, pelo Secretário Eliseu Santos, o compromisso de
enviar - acordado com o Ministério Público - a esta Casa o Projeto de Lei para
a realização de concurso público para todos os funcionários das equipes do
Programa de Saúde da Família. O prazo para o envio do Projeto à Câmara era 30
de março, e chegou aqui no dia 30 de março.
O que dizia o Projeto? Ver. João Antonio Dib, dizia
que, no ato de inscrição para o concurso público para médicos, enfermeiros,
agentes de saúde e outros, ninguém poderia ter mais de quarenta anos de idade. Um
Projeto flagrantemente inconstitucional, assinado pelo Prefeito Fogaça, dizendo
que, para fazer concurso público, ninguém poderia ter mais de quarenta anos de
idade! Esta Casa pediu que o Projeto fosse retirado e devolvido ao Legislativo
Municipal, e assim foi feito.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João
Antonio Dib, na política temos que superar essa relação de culpa, nós temos
responsabilidades ou irresponsabilidades. E, nesse caso, o Prefeito Fogaça foi
irresponsável, porque mandou o Projeto para a Casa, assinou um Projeto
inconstitucional. A responsabilidade pelo Projeto não é dos Vereadores, é do
Sr. Prefeito Municipal, que mandou para esta Casa um Projeto inconstitucional
querendo que nós o aceitássemos. Nós não podemos aceitar um Projeto
inconstitucional.
Segundo, aqui nesta tribuna, também na Audiência
Pública, o Secretário Municipal da Saúde, Eliseu Santos, assumiu o compromisso
de discutir a contratação e a Lei do Concurso Público com o Conselho Municipal
da Saúde. Não fez isso até hoje. Essa discussão não está sendo ouvida pela
sociedade, que não está tendo o direito de participar, e a Lei Orgânica diz que
as políticas de Saúde para serem implantadas devem ser avalizadas pelo Conselho
Municipal da Saúde.
Portanto, neste momento, no apagar das luzes do ano
de 2008, o Prefeito manda um Projeto para a prorrogação do contrato existente
com o Instituto Sollus e faz um adendo para contratar mais duzentos agentes de
saúde. A nossa Bancada votará favorável por uma única razão: para que a
população não fique sem atendimento de saúde, para que todos esses
profissionais não fiquem desempregados justamente no período do Natal e
Ano-Novo.
Verª Maria Luiza, não é assim que se trata com a
Saúde Pública da cidade de Porto Alegre. O Sr. Prefeito Municipal está errado
novamente ao mandar este Projeto, que não resolve o problema da estrutura da
Saúde e que faz mais uma barrigada para poder dizer que vai resolver um
problema, mas não está resolvido o problema. E concluo, Sr. Presidente, neste
caso, a nossa Bancada votará favorável única e exclusivamente porque a
população não poderá ficar sem o serviço de saúde e porque esses funcionários
não poderão ficar desempregados. Mas que o Executivo Municipal está falhando,
está falhando. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente, na sexta-feira
foi votado nesta Casa o PLCL nº 018/08, em que apareço como um dos autores.
Quero deixar claro que não sou um dos autores, o autor é o Ver. Luiz Braz, ele
pediu assinatura apenas no sentido de tramitar o Projeto. Então, quero deixar
claro que não sou um dos autores do Projeto.
O
SR. LUIZ BRAZ: Ver.
Melo, este Vereador, por uma falha, tem a mania, quando vai tramitar qualquer
proposição na Casa, de colher a assinatura de algumas pessoas aqui, acreditando
que, quando assinam, tenham confiança naquilo que é passado para elas, mas, se
o Ver. João Bosco Vaz acredita que eu estou tentando enganá-lo ou alguma coisa
assim, por favor, eu peço que risquem o nome do Ver. João Bosco Vaz, e jamais
voltarei a pedir que ele assine junto comigo qualquer projeto, não há nenhum
problema.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Só
para esclarecer ao Ver. Luiz Braz: assinar para tramitar, com o maior prazer,
Vereador; mas assinar e depois me colocar como co-autor não, pois nesse caso
não sou co-autor.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Os
registros estão devidamente feitos para os Anais da Casa.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
(O
Ver. Claudio Sebenelo reassume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu lamento que os agentes
comunitários de saúde, em função da época, não estejam nesta Casa dialogando
com os Vereadores, porque eles vieram à tribuna, Srs. Vereadores, na Audiência
Pública que a Casa fez, e criticaram a ausência dos Vereadores naquela
oportunidade, Ver. Raul, não me lembro se V. Exª estava presente. Eles foram
muito duros, disseram que estavam desamparados. Esta Casa estava lotada, isso
foi há um mês, criticaram a ausência dos Vereadores e pediram socorro para
terem regulamentada a sua condição de trabalhadores da saúde em Porto Alegre.
Eles
não estão aqui hoje, e a alternativa que o Governo nos apresenta, a única
alternativa que nos apresenta, Ver. Sebenelo, é a prorrogação dos contratos
precários - vou dizer precários e não temporários - por um ano de trabalho.
Esses agentes comunitários já estão há um ano sem carteira assinada, e eu vou
repetir aqui que são pais, mães, chefes de família que trabalharam sete, oito,
dez anos para a Prefeitura via FAURGS, e o Governo Fogaça resolveu terminar com
o convênio e contratar o Instituto Sollus. E aí eu acho uma demagogia com os
agentes comunitários: contratou-os diretamente com a Prefeitura, e os demais
cargos ficaram no Sollus. O Sollus está sendo uma péssima experiência para as
demais funções da Estratégia Saúde da Família. O relato que eu tenho é muito
ruim, mas pior é a situação dos agentes comunitários de saúde, muito pior; eles
estão numa situação de precariedade, pois, no contracheque que recebem, estão
na categoria de estagiário. Portanto, é difícil, inclusive, ter um crédito na
praça, fazer um crédito numa loja, conseguir se organizar pessoalmente, porque
a qualquer momento a sua frágil relação com o Governo pode terminar.
Eu
acho lamentável que tenhamos, enquanto Vereadores - já fizemos Declaração de
Voto na Comissão Conjunta -, de prorrogar os contratos só e simplesmente porque
não podemos criar cargos, fazer contratações e determinar gastos ao Executivo.
Quero que isso fique claro aqui aos agentes comunitários de saúde, que já
tiveram dúvida sobre a nossa votação do ano passado, de por que criamos
contratos temporários, Ver. Dib. Daqui a pouquinho, os agentes vão achar que é
problema da Câmara, que é nós que estamos estabelecendo essa precariedade de
relações dos agentes comunitários com o Governo. O Ver. Comassetto já recuperou
aqui: o Governo não atendeu o que os três Ministérios Públicos - o Federal, o
do Trabalho, o Estadual - e o Ministério Público do Patrimônio determinaram,
não cumpriu com o TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, por meio do qual o Governo
providenciaria a criação dos cargos e a contratação via concurso público. E o
Governo manda para cá um monstrengo que ele mesmo não pode defender e assumir,
tanto que não deixou tramitar, porque, dentro de uma Secretaria, um
departamento criar celetista...isso não existe. Se queria celetista, tinha de
ter mandado uma fundação pública de direito privado para criar aqui. O Governo
não é sério com a Estratégia Saúde Família! Ver. Dr. Goulart, o Governo não é
sério na Estratégia Saúde da Família e está reconduzindo o mesmo o Secretário,
que não achou solução. E mais: prorroga contrato temporário, e as promessas de
campanha? Está aqui na lei, Ver. Carlos Todeschini, pedindo a criação de mais
duzentos contratos temporários, estagiários, para serem agentes comunitários de saúde.
Hoje são trezentos e tantos nessa condição.
Então, é lastimável. Nós vamos fazer Declaração de
Voto novamente, porque não vamos deixar mais de trezentos agentes comunitários
sem vínculo daqui a uma semana e meia. Agora, o Governo é um desastre nesse
tema, prejudica pessoas que fazem um trabalho imprescindível, profilático. Pela
primeira vez temos, em Porto Alegre, pessoas visitando as famílias, olhando o
problema das crianças, dos idosos, e é isso que queremos para a saúde. Então,
tudo bem, vamos prorrogar e aumentar o número, mas as promessas de campanha
serão cobradas. Agora, a regulamentação, a contratação, a realização de cargos
e concursos para a Estratégica da Saúde da Família iremos cobrar todos os dias
do ano que se inicia do Prefeito reeleito. Eu espero que ele cumpra as suas
promessas de campanha. E não está fazendo agora, prorrogando simplesmente os
contratos dos agentes. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, eu venho aqui porque participei também da última reunião do
Conselho Municipal de Saúde, quando foi expressamente proibida a aprovação
desse Projeto de Lei que está tramitando na Câmara Municipal. Ele, de fato -
como foi dito aqui pela Verª Sofia, dou-lhe inteira razão -, é um monstrengo; é
um Projeto que pretende a burla do concurso público, e isso é inconstitucional,
é ilegal. O Conselho Municipal de Saúde, que é um órgão de controle social, que
é autoridade de saúde do Município, pede que não votemos no Projeto do Governo,
que vem, desde março, totalmente errado, com inconstitucionalidades, com
ilegalidades, com problemas de toda natureza. Porque quem tem que consertar ele
é o Executivo, e o Executivo é incompetente, não é capaz de em um ano fazer o
conserto que tem que fazer. Esse é o problema, Ver. Brasinha, já que V. Exª
quer saber, é isso. E o Secretário, inclusive, é do seu Partido, Vice-Prefeito
atual.
Vejam só, nós temos esse problema e, ao mesmo tempo, temos que renovar os contratos por mais
um ano, porque não tem concurso, porque os postos fechariam, Ver. Dr. Goulart.
É lamentável que isso aconteça, pois houve tempo hábil para realizar o
concurso, a contratação regular, a estabilização do quadro, e isso não foi
feito. Então, o que resta fazer agora? Resta autorizar a renovação do contrato,
senão os postos paralisam. E é bom que se diga, porque esta é a opinião
referendada pelo Conselho: que, de imediato, se tomem as medidas para a
abertura do concurso. A Câmara está autorizando este ato, Ver. João Antonio
Dib, porém não significa que as autoridades não terão que responder pelos atos,
sabem por quê? Porque elas tiveram tempo hábil para tomar as providências e
regularizar essa situação, mas não o fizeram. Em março veio para cá o Projeto,
totalmente errado, ilegal, inconstitucional, afrontando várias leis, vários
elementos da legalidade.
Nós
vamos aprovar, sim, esse pedido de autorização, porém isso não isenta o
Secretário da Saúde e o Prefeito de responderem pelos atos administrativos,
porque tiveram tempo hábil para realizar o concurso e a contratação, mas não o
fizeram. Essa é a questão! Vamos votar a favor, com Declaração de Voto, porque
os postos não podem fechar e porque as pessoas que trabalham lá precisam
continuar trabalhando. Mas a medida adequada, necessária, legal e
constitucional para que a situação se efetive, de uma vez por todas, é o
concurso público. É isso que pede o Conselho Municipal de Saúde. Na última
reunião da qual participamos foi decisão unânime dos 23 membros do Conselho
presentes a busca, sim, de uma alternativa para viabilizar as contratações,
para dar continuidade aos serviços de saúde do Município, pois, mesmo com esse
programa em execução, os serviços ainda são muito precários. De outro lado, a
única medida saneadora, eficaz, legal e constitucional para resolver de uma vez
por todas a questão é o concurso público. Por isso estamos aqui para dizer: “Sr.
Prefeito, Sr. Secretário, concurso público e contratação legal dos funcionários
dentro das normas vigentes para os funcionários do Município de Porto Alegre!”
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
O SR. DR. RAUL: Nobre Ver. Claudio Sebenelo,
Presidente; Vereadores, Vereadoras, aqueles que nos assistem, o importante
realmente para a cidade de Porto Alegre é que constituamos uma Estratégia de Saúde
da Família que contemple o atendimento da comunidade mais carente. E o Governo
está sinalizando nesse sentido, está enfrentando uma série de dificuldades; por
exemplo, a contratação por concurso tem que ser muito melhor avaliada na área
dos agentes comunitários de saúde, porque eles necessariamente têm que morar
junto à comunidade que atendem. Então, essa é uma questão que tem que ser
esclarecida e passa pelo problema de constitucionalidade.
O que o Governo está propondo para que haja
continuidade, tão importante no serviço de Saúde? Está propondo que os
contratos emergenciais tenham no mínimo mais um ano de ampliação, fazendo com
que, nesse período, esse Projeto - que está tramitando na Casa e que chegou em
período hábil de tramitação - possa ser realmente avaliado por todas as
instâncias, para que possamos todos juntos construir o melhor para a Estratégia
de Saúde da Família de Porto Alegre, porque não estamos pensando apenas em um
momento; estamos pensando numa continuidade da Estratégia de Saúde da Família.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Dr. Raul, meus cumprimentos
pelo pronunciamento de Vossa Excelência. Na realidade, todos nós sabemos que
vamos aprovar por unanimidade o Projeto, aí é que não entendo a razão das
críticas. Vossa Excelência está fazendo uma narrativa do que é o Projeto e do
que precisa ser feito. Cumprimento Vossa Excelência. Espero que votemos em
seguida.
O SR. DR. RAUL: Agradeço o aparte.
Realmente, temos que avançar muito dentro da
Estratégia de Saúde da Família da Cidade, tenho a convicção de que vamos
avançar e com a contribuição de todos os Vereadores desta Casa, de todas as
correntes ideológicas - vamos dizer assim - para que Porto Alegre tenha
realmente um Sistema de Saúde da Família que contemple as suas necessidades.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Raul, sabemos da sua
preocupação com a Saúde; agora, o Ver. João Antonio Dib... Por que estamos
discutindo isso? Porque estamos fazendo neste momento um remendo na política de
Saúde, fazendo com que ela não avance, e isso tem que ser dito, porque a Câmara
não pode ser responsabilizada por esse remendo. Essa responsabilidade é do
Executivo, que não encaminhou em tempo hábil o Projeto para fazer o concurso
público para a Saúde. Muito obrigado.
O SR. DR. RAUL: Na realidade, as políticas são
construídas passo a passo, envolvem entendimento com os sindicatos, envolvem as
Audiências Públicas, e tivemos várias aqui na Casa. Os interesses têm que ser
contemplados, mas, num primeiro momento, nós temos que contemplar o maior
interesse, que é a Saúde Pública. Agora, para que isso se materialize e
aconteça na sua plenitude, necessitamos de uma solução construída por todos
nesta Casa e no Executivo, porque duvido que a partidarização da Saúde Pública
leve a alguma melhoria real na qualidade de vida da população.
Eu acredito, inclusive, que o próprio Conselho
Municipal de Saúde, que tantas e valiosas contribuições tem dado para a nossa sociedade,
tenha, nesta nova gestão, que buscar também, junto ao Executivo, uma
aproximação maior, para que possamos ter realmente a participação de todos. E
que não haja, efetivamente, apenas aquele confronto político-partidário que
muitas vezes a gente nota nas manifestações do próprio Conselho. E digo isso
porque participei por mais de dez anos do Conselho Municipal de Saúde e
acredito que as questões de relevância, importantes para a Cidade, têm que ser
construídas em conjunto.
Nós temos, inclusive, uma possibilidade, que já
existe em Belo Horizonte, por exemplo, de que as Unidades de Saúde passem
também a funcionar, vários PSFs, que haja um desmembramento das Unidades
Básicas de Saúde; é uma outra estratégia já colocada em grandes Capitais do
nosso País, que talvez venha a ser adotada, posteriormente, também aqui em
Porto Alegre. Porque a forma de atenção básica à Saúde dada por um Programa de
Saúde de Família é diferenciada da Unidade Básica de Saúde, a forma de acesso
ao sistema é diferenciada. E precisamos tentar unificar e atuar mais
preventivamente. E a prevenção real está junto aos Programas de Saúde da
Família. E é importante que todos saibamos disso, para que avancemos numa única
direção, fazendo com que as nossas especialidades também sejam contempladas,
porque a prevenção é muito importante. Mas ali, no passo seguinte, necessitamos
ter bons especialistas no Sistema Único de Saúde, que possam dar um seguimento
real e qualificado em nível de consultas secundárias, de hospitalização, de
terapêutica, para termos um sistema de saúde que contemple a necessidade real
da nossa comunidade de Porto Alegre.
Acredito que estamos avançando nesse sentido, e não
é uma coisa simples, não é fácil, mas, com a participação de todos, em
especial, dos Vereadores aqui da Câmara, tentando construir essa política para
a cidade de Porto Alegre junto ao Executivo, nós teremos a possibilidade de um
amplo entendimento e a duplicação, no mínimo, dos nossos Programas de Saúde da
Família em Porto Alegre, com um atendimento muito melhor às comunidades
carentes da nossa sociedade. Saúde para todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria
Celeste está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, fiz questão de vir à tribuna para discutir o presente Projeto
para resgatar na memória de alguns Vereadores que estiveram nas Audiências,
especialmente na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, presidida pela Verª Neuza, o
que significa este Projeto estar sendo colocado aqui no apagar das luzes para
fazer, Ver. João Antonio Dib, um “tapa-furo” numa situação pela qual o
Executivo não se responsabilizou. E mais do que isso: não só o Executivo não
encaminhou, não fez aquilo que deveria em relação ao Termo de Ajustamento de
Conduta, feito com o Ministério Público sobre a questão dos agentes
comunitários, como também
esta Casa, na Comissão de Saúde - sob a responsabilidade dos Vereadores,
preocupados com a questão dos agentes comunitários do Município de Porto Alegre
-, passo a passo, acompanhou todo o trâmite do Projeto anterior; não este que
hoje estamos discutindo, mas o anterior, que foi acordado no Ministério Público
sobre a questão dos agentes comunitários no Município de Porto Alegre.
A
SRA. MARIA CELESTE: Obrigada,
Ver. João Antonio Dib, eu quero lhe dizer que nós não podemos fazer Emendas.
Legalmente, esta Casa não poderia corrigir aquele Projeto que foi encaminhado,
tanto que a COSMAM foi ao Executivo, pediu a Mensagem Retificativa para aquele
Projeto, Ver. João Antonio Dib. Nós fomos muito bem atendidos na PGM, só que
até hoje estamos aguardando a manifestação do Executivo sobre as questões
colocadas; V. Exª sabe que aquele Projeto tem problemas, inclusive de
inconstitucionalidade.
E
quero aqui lembrar que houve uma ampla discussão com as diversas categorias da
Cidade - os sindicatos de saúde, os agentes comunitários, o Sindicato Médico do
Estado do Rio Grande do Sul. Reunimos todos junto à Comissão, fizemos uma
maratona de reuniões nesta Casa, fomos à Procuradoria-Geral do Município,
fizemos um apelo ao Secretário Municipal para que verificasse essa questão
junto ao Prefeito, para que ele tivesse uma posição política sobre o Projeto e
encaminhasse a esta Casa uma Mensagem Retificativa pedindo não apenas a
contratação dos profissionais do PSF por concurso público, conforme preconiza a
Constituição, mas também que os funcionários do PSF passassem a ser lotados na
Rede de Atendimento Básico da Secretaria Municipal de Saúde, não no novo
departamento, que tem sob suspeita várias questões que não foram resolvidas,
como o Instituto Sollus, a garantia e a efetivação no serviço público dos
funcionários que trabalham no PSF, a jornada de trabalho de 36 horas semanais.
Lembro
que essa foi uma discussão que todos os Vereadores da Casa acolheram, eles
solicitaram que fosse feita a Mensagem Retificativa sem jornada de trabalho
noturna, com gratificação de adesão para quem trabalha no Programa; além do
salário básico, acrescentar direitos como insalubridade e vales-transporte,
conforme as leis vigentes, incentivo financeiro aos profissionais do PSF e
tantas outras questões que eu poderia aqui ler e que foram acordadas na
Comissão, junto aos sindicatos, nas Audiências Públicas, junto aos diversos
Vereadores desta Casa. E não foi só a Bancada do PT que esteve presente nessa
luta. Mas lamentavelmente o Secretário de Saúde “lavou as mãos” e não
encaminhou o Projeto.
Sabíamos
que isso iria acontecer, estávamos pedindo a Mensagem Retificativa para que não
precisássemos passar por esta situação agora, apenas renovando contratos e
contratações. Eu quero saber como é que o Ministério Público, que fez um Termo
de Ajustamento com o Prefeito Municipal sobre essa questão, vai se manifestar,
porque deu prazo para a entrega do Projeto a esta Casa até março de 2007, e, no
dia 30 de março, o Sr. Prefeito protocolou aqui o Projeto - de fato, o fez -,
só que fez um Projeto que é inconstitucional. E, a partir daí, esta Casa
começou a trabalhar, mas, lamentavelmente, a Mensagem Retificativa sequer
chegou. Por isso vamos fazer um remendo, aprovando algo que poderia estar sendo
construído de outra forma e resolvendo a questão dos PSFs na cidade de Porto
Alegre. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir o PLE nº 061/08.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; eu quero lamentar que Vereadores que sempre
usam a tribuna fiquem irritados quando os Vereadores querem exercer a sua
função e ocupar esta tribuna. Nós queremos debater, aprofundar a discussão
deste Projeto. Estamos em fim de dezembro, uma época de balanço, de
autocrítica, de análise de todos os nossos erros, de todos os nossos acertos -
e todos nós certamente erramos -, é um momento de sensibilidade, de amizade e
emoção, Ver. João Antonio Dib, meu querido amigo, também é um momento de
promessas, de esperança, de afirmações para o futuro. Eu acho que seria o
momento adequado para o Governo Fogaça cumprir suas promessas de campanha,
dizer a que veio, fazer uma autocrítica e cumprir o que prometeu durante a
campanha eleitoral, pois as suas promessas de campanha para dois mandatos não
foram cumpridas. É o caso dos agentes de saúde do Município, Ver. Brasinha.
Como disseram muito bem o Ver. Comassetto e a Verª Celeste, trata-se de um
remendo, não da resolução do problema. O que deve ser feito - os agentes de
saúde também querem isto, todos nós queremos - é um concurso, é a regularização
desses trabalhadores, que terão tranqüilidade no seu trabalho, que poderão
usufruir de direitos que todos os funcionários públicos da Prefeitura, do
Estado e do Município têm.
Eu
lembro que há dois anos eles se mobilizam nesta Casa. Há dois anos, quando a
Verª Maria Celeste era Presidenta, eles vieram aqui, em Audiência Pública,
colocar as suas questões e, depois, passaram a trabalhar junto com a Comissão
específica dessa questão, que é a COSMAM, que acolheu e encaminhou esse
problema à PGM. E eu acho que não é culpa da PGM, acho que é uma decisão
política, Ver. Todeschini, do centro do Governo, com o acompanhamento do
Ministério Público, pelo concurso. O concurso é a porta adequada para entrada
dos funcionários públicos, que deverão ter direitos e deveres com
universalidade, com isonomia.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Margarete Moraes,
meus cumprimentos a V. Exª pela sua dedicação a esta Casa. Eu sei que essa não
é a melhor solução, que não é uma boa solução, mas é a solução que temos no
momento. Portanto, se é a única, vamos nos agarrar a essa tábua de salvação e
aprovar por unanimidade, como está previsto que vai acontecer.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Nós
vamos aprovar, sim! Agradeço sua intervenção, que só reforça o que estamos colocando:
trata-se de um Projeto que chega no último momento nesta Casa, dia 22 de
dezembro de 2008, com tanto tempo para ser enviado. Eu considero isso um
verdadeiro desprezo, desprezo ao Legislativo - como disse a Beatriz Fagundes
hoje no jornal O Sul - em relação às nossas funções, porque, se nós não
aprovarmos, eles vão ficar sem trabalho, desempregados. Pior do que isso, a
população de Porto Alegre vai ficar sem Saúde.
Então,
parece que é um método, é uma prática de um Governo que se repete em vários Projetos,
que deixa chegar, sim, até o fim e só aí oferece essa alternativa, e nós somos
obrigados a aprová-la. Nós vamos aprovar essa alternativa, mas parece aquele
velho ditado: “Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come.” Eu acho que
não é essa a questão. Nesta Câmara Municipal de Porto Alegre, nós deveríamos
trabalhar com o maior diálogo e o maior respeito por parte do Executivo em
relação a esta Casa, que, na COSMAM, trabalhou muito bem, encaminhou um Projeto
de concurso em maio ainda, algo que até agora não foi aprovado pelo Executivo.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLCE nº 019/08 e
as Emendas de nº 01 a nº 16.
Apregôo
as Emendas nºs 12, 13, 14, 15 e 16 ao PLCE nº 019/08.
Em
votação o Requerimento que solicita a dispensa do envio das Emendas nºs 12, 13,
14, 15 e 16 ao PLCE nº 019/08 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Sr. Presidente, este Vereador sugere - e já acordou com a Bancada do Partido
dos Trabalhadores, fez uma consulta também à Verª Maristela Maffei - uma nova
ordem de votação: PLL n° 211/08, PLE n° 059/08, PLL n° 118/08 e depois o PLCE
n° 019/08. O PLCE n° 019/08 tem 15 Emendas, que não foram distribuídas; é
matéria tributária, nós temos dificuldade de fazer uma análise e teremos também
que dar uma orientação sobre as Emendas que serão favoráveis e as que serão
contrárias.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em
votação o Requerimento do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os. Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5002/08 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 211/08, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
inclui arts. 3º-A e 3º-B na Lei nº 5.395, de 5 de janeiro de 1984 – que proíbe
a contratação de força de trabalho, em caráter permanente, através de pessoas
físicas e de empresas intermediárias ou locadoras de mão-de-obra –, alterada
pela Lei nº 8.319, de 10 de junho de 1999, condicionando o pagamento pela
prestação de serviços de limpeza, higiene e manutenção efetuados nos próprios
do Município por cooperativas de trabalho e determinando que o Executivo
Municipal lhes exija equipamentos de proteção individual – EPIs – dos
cooperativados. Com Emendas nos 01 e 02.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela existência
de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 17-12-08.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em discussão o PLL n° 211/08. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PLL n° 211/08.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente,
Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, este Projeto de Lei é resultado
de um processo de um ano e meio, em que as relações de trabalho dos
cooperativados da Cooperativa Meta, que assumiu os contratos da Educação -
creio que os da Saúde também - pioraram significativamente em relação à
Cootravipa. Já era problemática, mas a Cootravipa é mais estruturada, maior,
tem um fundo, já tem alguma proteção. Com o processo de licitação privilegiando
quem coloca o menor custo, vêm piorando, a cada novo contrato, as condições de
trabalho das pessoas que são cooperativadas nessas empresas para exercer o
serviço público. No caso da SMED, é dramático, porque as pessoas se machucam e
por até quinze dias ficam trabalhando, até poderem entrar no INSS. Então, vão
trabalhar doentes, vão trabalhar machucadas, ou reduzem o parco salário mensal
que recebem.
Junto
com isso, elas assinam - e têm que assinar, senão não podem ficar
cooperativadas, Verª Neuza - recibos de que recebem vale-alimentação e
refeição, mas não recebem. Não recebem! Sequer recebem o salário mínimo! Aí
acompanhamos a situação do INSS, que é a única garantia constitucional dessas
funcionárias, e a empresa só deposita ou repassa ao INSS quando o funcionário
entra em licença-saúde, ou licença-gestante ou é demitido. Também há atraso nos
recursos a serem repassados ao INSS. E mais: já começou, no ano passado ou no
ano retrasado, no contrato, com o pagamento do pró-labore chegando no dia 15,
20. Então, literalmente, as pessoas passam fome, as pessoas não podem se
deslocar. Quem não mora perto do local de trabalho gasta, do seu miserável
pró-labore, mais de cem reais em passagem.
É
muito sério. Acho que o Município em Porto Alegre acaba patrocinando uma
exploração da força do trabalho com recursos públicos. E nós já levamos o tema
para o Ministério Público do Trabalho. O Ministério Público do Trabalho, Verª
Maria Celeste, quando V. Exª era Presidente desta Casa, assinou o TAC junto com
o Prefeito Fogaça, a ponto de não contratar mais cooperativadas. Como é tão
ruim e degradada essa relação, as cooperativas sérias acabarão sendo
prejudicadas, porque a opção que o Ministério Público do Trabalho tem feito é
de não aceitar mais a contratação em que as cooperativadas assumam essa função.
Nós
tentamos proteger um pouco esses trabalhadores, entrando com um Projeto de Lei
que exige alguns quesitos para fins de a Prefeitura pagar pelo serviço
realizado. Os quesitos são: vale-transporte, vale-refeição, equipamento de
proteção - muitas delas trabalham lavando cozinha da escola, sem uma bota de
borracha, podendo cair. Já houve acidentes, choque elétrico, enfim, deve haver
todo o tipo de proteção necessário para o trabalho com periculosidade, com
insalubridade, como é o trabalho de muitos desses funcionários terceirizados,
via cooperativa. Estamos exigindo quatro coisas simples e um pequeno plano de
saúde, um pequeno amparo para esses primeiros quinze dias, que não entram no
INSS.
Então,
com relação a esse tema, o Governo dará um retorno hoje, porque tem um impacto
importante, porque é ilegal por causa da Lei das Cooperativas. Nós queremos
avançar nesse debate, não queremos extinguir a possibilidade de as cooperativas
exercerem um trabalho terceirizado em Porto Alegre. Agora, do jeito em que elas
estão agindo, nós não podemos ser coniventes. Queria a sensibilidade da Câmara
e do Governo no sentido de a gente dar um passo maior. O Governo já gasta muito
menos terceirizando do que se esse pessoal estivesse no quadro. Então, por
favor, vamos gastar um pouquinho mais e dar condições dignas, mínimas, de
trabalho aos cooperativados.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Claudio Sebenelo reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 211/08.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Claudio
Sebenelo, na presidência dos trabalhos; demais Vereadores, em especial o meu
amigo Ver. João Bosco Vaz, que me instiga, no plenário, a debater. Esse é um
assunto relevante, Verª Sofia, porque é necessária a proteção aos trabalhadores
que prestam serviço terceirizado ao Município de Porto Alegre, ao Estado do Rio
Grande do Sul e aos demais órgãos governamentais. Temos que fazer esse debate não
só para proteger o trabalhador, o prestador de serviço público da empresa
terceirizada, mas, sobretudo, para proteger o Poder Público das ações que virão
mais cedo ou mais tarde, no sentido de ele pagar os encargos e os salários,
novamente, dessas cooperativas de fachada.
O Ver. Adeli costuma ter um chavão para isso: as “coopergato”, e é verdadeiro, porque,
esses dias, uma pessoa, um funcionário importante de uma dessas cooperativas,
me relatou o quadro de terror, o grau de picaretagem e vigarice que se esconde
atrás de toda essa fachada de cooperativa. São “laranjas”, empresas “laranjas”,
com sede “laranja”, com desvio, com burla, com roubo de dinheiro dos
funcionários. E, quando as ações da Justiça caem lá, quando o Oficial de
Justiça vai notificar, a empresa nunca existe; a empresa diz que os donos não
estão, que os responsáveis não aparecem e por aí afora. Além dos salários
aviltantes que são pagos, que são inferiores às obrigações do salário mínimo,
não são reconhecidos os direitos trabalhistas, não é recolhido INSS, não são
pagos os direitos devidos.
O
problema disso, meus caros Pares, é que para além daquilo que acontece, da
exploração que é feita contra o trabalhador, todos esses trabalhadores que são
lesados têm direito de entrar contra o Poder Público, e eles vão ganhar o
direito de o Poder Público pagar novamente, enquanto três ou quatro vigaristas,
que se intitulam donos dessas cooperativas de fachada, estão enriquecendo,
comprando fazendas, apartamentos, imóveis e muitas outras coisas, também tudo
em nome de “laranjas”. É uma realidade que requer um cerco maior das
autoridades, do Ministério Público, da Polícia Federal, porque envolve recursos
de natureza federal, e creio que o financiamento de muitas dessas obras, desses
serviços, envolve um cerco, sim, do Poder Executivo, que tem obrigação de saber
quem são eles, onde estão, qual a sede, quem é o responsável. Porque, senão, um
dia o contribuinte vai ter que pagar toda a conta de novo. E assim o é, porque
todas as ações que recaem são ações líquidas e certas contra o Poder Público,
porque houve a burla dos responsáveis, e o Poder Público é co-responsável pela
ação.
Então,
Verª Sofia, V. Exª faz uma tentativa de cerco à picaretagem, de cerco à fraude,
e essas quadrilhas estão soltas, estão agindo. Uma grande parte dessas ditas
cooperativas que diz prestar serviço está burlando, está roubando, está furtando os
direitos dos trabalhadores! E me trouxeram o nome delas, que trabalham também
no Município. A gente sabe que não é uma única; são várias, e algumas têm
várias ramificações com empresas de fachada, têm tentáculos em todos os outros
lugares na sociedade.
Estamos aqui para discutir um Projeto da
Controladoria Municipal, e é bom que essas coisas estejam acontecendo, porque
isso é jogar dinheiro fora no atacado. É antes de tudo, desrespeitar o direito
dos trabalhadores, infringir direitos trabalhistas, sim, contra as leis e
contra as normas do Ministério do Trabalho, mas é, sobretudo, fazer com que o
Poder Público fique comprometido a ter de pagar tudo novamente, porque o
dinheiro que foi pago, na grande maioria, foi desviado, Ver. Adeli. Essa é a
realidade que a gente enfrenta. E essas cooperativas de fachada estão
espalhadas por aí, açambarcando fatias dos serviços das empresas terceirizadas,
porque, muitas vezes, são contratadas por dispensa de licitação e, muitas
vezes, por esquema montado junto com agentes do Governo, com licitações
dirigidas, com licitações com endereço e fotografia certa, para que esses
fraudadores tenham um poder e ganhem as licitações.
Isso
é muito sério, Dr. Goulart, Verª Maria Luiza, isso está muito presente e muito
próximo de nós! Está no Executivo, está no Legislativo, está no Poder Público
Estadual e nas empresas estatais. Portanto, é bom que abrirmos o olho e
levarmos adiante uma investigação, creio que é um tema que merece uma CPI, tem
tudo para fazer grandes revelações. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE( Claudio Sebenelo): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL n° 211/08.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
este Projeto tem uma importância sem precedentes. Na semana passada, vim aqui e mostrei uma
documentação, uma sindicância feita pela Direção-Geral desta Casa acerca da
cooperativa que aqui opera e trabalha. Já tivemos o problema com a Coometro,
que em 2005, dia 22 de janeiro, lembro-me muito bem, rompeu o contrato, deixou
o pessoal a “ver navios”, sem o pagamento dos vencimentos aos cooperativados;
deixou o pessoal sem Natal. E eu peguei pessoas, aqui, nos corredores desta
Casa, no início de janeiro, que não tinham o que comer! A Meta - muito bem lembrado, Ver. Bosco - fui eu quem denunciou na
Secretaria Regional do Trabalho, foi interditada parte significativa do centro
administrativo, porque, a escravidão, que eu saiba, terminou em 1888, ou
deveria ter terminado.
A
nossa Casa paga rigorosamente a Cooperativa que opera aqui, e o que acontece? A
parte que teve de aumento - que nós pagamos - não foi paga para os cooperados,
não foi paga. Essa cooperativa, em
especial, deu um endereço em Eldorado do Sul que não existe; deu endereço de
Porto Alegre, onde estaria atendendo, durante o dia, mas ninguém atende. Deu
nome de pessoas em Eldorado do Sul que não existem. Como é que se chama isso,
Ver. Dr. Goulart? Falcatrua! É caso de Polícia! Caso de Polícia! Eu ainda quero ver presos os dirigentes que
exploram essas pessoas que cuidam das nossas salas, que limpam esta Casa para a
gente poder trabalhar, pessoas que têm famílias, que têm filhos, que têm netos,
que têm o pessoal da sua família para sustentar.
A
Meta tem vários contratos com a Prefeitura, todos com problemas, e a
Cooperativa do Mercado Público vou dizer aqui como é que se chama: Algert. São
tão ou mais picaretas que esses outros aqui, tão ou mais! É o mesmo caso: caso
de Polícia, caso de cadeia, porque não pagam os trabalhadores! Nós já temos
dossiê no Tribunal de Contas do Estado. Eu, dando continuidade, vou dizer: está
chegando às mãos do Dr. Dacamino o mesmo dossiê que me foi entregue aqui pela
Direção-Geral da Casa. Nós já pagamos “mico”, como se diz na linguagem popular,
sobre esse negócio de cooperativa. Vamos pagar outro, mas quem perde não somos
nós, que temos os nossos ganhos garantidos no fim do mês; quem perde são os
cooperados, que não são cooperados, porque não é uma cooperativa! E o Poder Público
pagará essa conta duas vezes. Aqui há alguns operadores do Direito, alguns
advogados, bacharéis, alguns com OAB, vocês sabem o que é responsabilidade
solidária, ou seja, nós podemos pagar a conta duas vezes, e eles mudam o nome
da cooperativa de tempo em tempo para continuar fazendo as falcatruas que
fazem. Esses são casos de Polícia, e nós não vamos nos calar! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Adeli Sell.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLL nº 211/08.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, este Projeto de Lei da Verª Sofia Cavedon tem que estar no centro
das discussões da nossa Cidade. Vejam, senhoras e senhores, o Ver. Adeli Sell,
que me antecedeu, falou sobre um dos casos mais escachados de vergonha não
apenas pela questão do dinheiro público, mas por aquilo que pronunciamos em
tantos discursos, quando falamos que o jovem, a criança constituem o futuro
deste País. Mas que futuro? Se aqueles que deveriam estar cuidando, Vereador...
Quando nós falamos da Meta, por exemplo, quando eles cuidam lá no Colégio, que
diz que fazem todo o trabalho para os nossos filhos, e, em todas as
instituições que eles trabalham, os primeiros direitos deles não são cumpridos...
Eu falei da questão dos jovens, de que são o futuro do amanhã, porque não
existe licença-maternidade aqui, Ver. Sebenelo, que é médico.
Estou
fazendo uma Emenda, Verª Sofia Cavedon, como Líder, para que seja contemplado
também isto. Essa instituição chamada Meta se desonera absolutamente da sua
responsabilidade enquanto função social, o que dirá das questões de acesso às
leis do trabalho? Mesmo sendo uma cooperativa, esconde-se aqui uma das maiores
pilantragens que eu já vi na história deste País: primeiro, não garante
absolutamente nenhuma condição digna e humana aos valores que todos defendemos;
segundo, as mulheres, que são a maioria, Verª Neuza Canabarro, não têm
garantido absolutamente nada, Vereador. E nós já estamos avançando em relação
aos seis meses, dizendo que nossos filhos são investimento, que queremos seres
mais saudáveis! Se não querem falar na questão social, prontos para capacitação
como um ser mais integral e integrado à sociedade, para desenvolver a sua
condição humana... E nós vemos o dinheiro público ser entregue a isso, que não
tem nome, que não tem denominação. Senhoras e senhores, o Projeto da Verª Sofia
Cavedon é sério, é nobre, merece toda a nossa atenção, Ver. Luiz Braz, toda a
nossa consideração. Aqui não perpassa uma questão ideológica; perpassa uma
condição humana, uma questão de dignidade, de pessoas que têm que pagar para
vir trabalhar, de pessoas que aguardam desesperadamente o mínimo depois de
quase dois meses para receber, que não têm a dignidade de receber o 13º, que
não têm absolutamente nada assegurado; mas está assegurada desta forma a
desumanização, a barbárie. Essa forma de atuação de uma cooperativa, assegurada
em lei e respaldada financeiramente, chama-se a barbárie da humanidade. Então,
senhoras e senhores, quero dizer que estou protocolando uma Emenda que assegure
também...
A Srª Neuza Canabarro: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maristela Maffei, vou votar
favorável ao Projeto da Verª Sofia Cavedon,
até por que sou de um Partido de trabalhadores, que defende os trabalhadores,
um Partido trabalhista. Em 1991, eu terminei com um contrato de trabalho que
havia na Secretaria de Educação do Estado, porque ele prejudicava o
trabalhador, assim como o que tem nesta Casa, em que as trabalhadoras não têm
direito a nada, porque é uma cooperativa. Que isso sirva de exemplo.
Lamentavelmente, naquela ocasião, tive os Partidos de oposição na rua para
defender os trabalhadores da cooperativa, quando nós queríamos exatamente é que
se fizesse valer a Constituição: no serviço público tem que entrar através de
concurso. Então, a senhora tem toda a razão.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Parabéns,
Verª Neuza. Ainda bem que as coisas mudam, esperamos, agora, estar tendo a mesma
posição que Vossa Excelência teve.
Para
terminar, Ver. Sebenelo: tivemos um caso na eleição do Conselho Tutelar, em que
as pessoas eram chamadas para trabalhar nessa cooperativa, e hoje nós temos
Conselheiros Tutelares eleitos por esta prerrogativa, por estarem trabalhando,
sendo chamados a trabalhar nessa vergonha, que é esse mau exemplo, um exemplo
de má gestão do dinheiro público e também de desconsideração dos valores
humanos fundamentais. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Verª Maristela Maffei.
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 211/08.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero deixar bem
claro, em relação ao que foi colocado aqui contra as cooperativas de trabalho,
pelo que está acontecendo, que os senhores têm toda a razão de virem aqui e
criticarem essas cooperativas de trabalho. Uma coisa é criticar, outra coisa é
afrontar a lei. Quem entende de cooperativismo sabe - ou quem entende de lei
trabalhista sabe - que o empresário não tem direito a vale-alimentação, a
vale-transporte, à assistência médica e previdenciária; esse é um direito dos
trabalhadores, é descontado do seu salário, e a cooperativa de trabalho não tem
funcionários, não tem trabalhadores, são todos considerados proprietários; essa
é a essência do cooperativismo, isso em referência ao art. 3º do Projeto da nobre
colega Sofia Cavedon.
O art. 3º-B é mais grave ainda, porque diz que
compete ao Ministério do Trabalho fiscalizar toda e qualquer empresa que não
esteja usando os equipamentos de segurança, de proteção individual. Há
empresas, empresas e empresas que não cumprem, não são somente as cooperativas.
Se olharmos aqui ao nosso redor, dentro da nossa Casa; se caminharmos por aí,
veremos que os equipamentos de proteção individual não são respeitados. Eu
lamento muito, eu sei que existem indivíduos que se aproveitam das benesses do
cooperativismo para fundar cooperativas fraudulentas. Agora, criarmos uma lei
que confronta o espírito do cooperativismo...! Nós não temos alcance jurídico
para tal fato. Está na Constituição do Ato Cooperativado o que é uma
cooperativa, o diferencial de uma cooperativa em relação a outras atividades.
Gostaríamos muito que tivéssemos como resolver esse problema das cooperativas
de trabalho que estão ferindo o sistema cooperativista do Brasil. Mas,
infelizmente, este Projeto qualquer cooperativa de trabalho derruba logo ali na
frente. É lamentável. É lamentável mesmo. É um projeto inócuo, inconstitucional
na sua essência; esses indivíduos são de responsabilidade do Ministério do
Trabalho, como também essas empresas que não dão o devido valor ao uso da
proteção individual aos seus trabalhadores. Os trabalhadores sobem andares sem capacetes,
trabalham sem luvas, sem proteção. São empresas, empresas e empresas deste
Brasil, não são somente as cooperativas de trabalho, não.
O Ver. Todeschini está me olhando com tanta
atenção. Passei noites sem dormir, por ser cooperativista; é o que está
acontecendo com as cooperativas de trabalho. Mas, infelizmente, não temos como
chegar lá. Nós temos é que acionar a Justiça para que ela vá lá e veja se
aquela cooperativa está legal! Cada cooperativado é dono da sua cooperativa, as
quotas são iguais. Isso aqui é flagrantemente inconstitucional.
Lamentavelmente, por esse caminho, nós não temos como chegar lá. Lamento, mas
sou obrigado a votar contra pela coerência na defesa do Ato Cooperativado das
cooperativas, que é um projeto maravilhoso. Certas pessoas, sim, certos
empresários, sim, como qualquer empresário e outras empresas, burlam as leis,
usam-se das leis. Esses estão usando as leis. Temos que achar outra maneira.
Infelizmente, colega Verª Sofia Cavedon, não posso votar favoravelmente. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 211/08.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, senhoras e senhores, Verª Sofia Cavedon, acho que V. Exª dá
para esta Casa um excelente motivo para que possamos fazer essa discussão sobre
cooperativas, principalmente sobre essas cooperativas de serviço que fazem com
que haja uma concorrência extremamente desleal entre aqueles que prestam
serviços para o Poder Público.
Eu quero lembrar, Verª Sofia, que essa discussão
não é nova, muito embora V. Exª a traga agora em forma de Projeto de Lei.
Lembro da Cootravipa, que, durante muito tempo, prestou serviços à
Administração de V. Exª, quando estava no Governo. Eu lembro que fizemos, numa
determinada ocasião, uma CPI para discutirmos aqui a Cootravipa, porque não
concordávamos que meia dúzia de pessoas acabassem enriquecendo usando o
trabalho de uma multidão de pessoas que apenas tinham uma migalha no final de
cada mês. E eu sempre ouvi o seguinte argumento: “Olha, cooperativa é uma coisa
boa.” Inclusive os próprios membros do Partido dos Trabalhadores usavam esses
argumentos. A cooperativa é uma coisa boa, porque ela traz para o campo do
trabalho pessoas que não teriam lugar em empresa alguma, que não poderiam
trabalhar em lugar nenhum, pessoas com Aids e que teriam problemas para serem contratadas, pessoas com as
mais diversas dificuldades para arrumarem emprego; elas, na cooperativa,
poderiam se empregar. Por causa desse argumento, deixaram-se livres as
cooperativas durante um bom tempo. E essas discussões nunca chegaram realmente
a fazer comprovações finais das lesões que a cooperativa causava aos Poderes
constituídos do Município.
É
claro que isso que eu estou falando ocorreu no passado, nos Governos que
acompanhamos à frente da Prefeitura de Porto Alegre. Afinal de contas, sempre é
tempo de se tentar corrigir aquilo que está errado. Se temos certeza de que as
cooperativas cometem uma grande falha e uma grande lesão aos interesses
públicos, é justo que possamos, através deste Projeto, ou através de outras
estratégias, discutir a importância ou não dessas cooperativas continuarem a
prestar serviços aqui no Município de Porto Alegre.
A
Verª Sofia Cavedon apresenta um Projeto, e eu disse à Vereadora que votarei
favoravelmente, mas há erros no Projeto. Vossa Excelência, com boa intenção,
Verª Sofia Cavedon - sei que V. Exª traz aqui uma boa discussão -, faz uma
simbiose entre aquilo que são os direitos contidos na CLT e aquilo que são os
direitos cooperativos, que, na verdade, não estão dentro do mesmo campo. Como
V. Exª traz a discussão, e eu acho que ela é benéfica, nós não podemos rechaçar
esse tipo de idéia.
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Ver. Luiz Braz. Na
verdade, à primeira leitura, parece que: “Bom, a Verª Sofia quer garantir os
direitos trabalhistas, que são diferentes” - eu conversava com o Ver. Mauro
Pinheiro - “dos da empresa privada; na cooperativa, eles são donos,
compartilham, são sócios”. A intenção, e talvez a gente possa aprimorar, é que
cada cooperativa constitua um fundo e, com esse fundo, compartilhe esses
benefícios, que são necessários aos funcionários. Então não é uma equiparação à
empresa. Hoje, por exemplo, a Cootravipa tem um fundo e já consegue dar algum
suporte. O que não podemos é continuar admitindo que as cooperativas, em função
de não terem de pagar direitos trabalhistas, ganhem licitações e
“superexplorem” os associados.
O SR. LUIZ BRAZ: Verª Sofia, desta tribuna, foram
citados nomes de algumas cooperativas, mas quero dizer que não é uma ou outra
cooperativa; na verdade, são todas as cooperativas de serviço que cometem esse
tipo de lesão aos interesses públicos. Vossa Excelência traz o assunto à
discussão, mas reconhece que, talvez, ainda falte alguma coisa para o Projeto
ser acabado, para estar pronto, para podermos votar. Sei que o interesse de V.
Exª é acompanhar também alguns técnicos da Prefeitura Municipal, que podem
ajudar com a idéia que V. Exª coloca, no sentido de haver reajustes, para
podermos, Verª Maristela Maffei, ter um texto mais pronto e votarmos algo que
cause efeito de forma imediata. Cumprimento a Vereadora pela oportunidade que
dá à Casa de fazermos uma discussão, realmente não podemos deixar passar mais
tempo, temos que começar agora e temos que continuar.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): No sentido de
evoluirmos no conteúdo deste Projeto e, de fato, darmos um passo diferenciado aqui
em Porto Alegre na terceirização em relação às cooperativas, vou trabalhar com
tempo maior para discutirmos com o Governo; requeiro adiamento da discussão do
PLL nº 211/08 por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação o
Requerimento, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que solicita adiamento da
discussão do PLL nº 211/08 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 6875/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 059/08 – que consolida, no Município de Porto Alegre,
a legislação que dispõe sobre o comércio ambulante e a prestação de serviços
ambulantes nas vias e logradouros públicos, sobre a publicidade nos
equipamentos desse comércio e prestação de serviços e revoga as Leis nºs 1.923,
de 30 de dezembro de 1958; 3.187, de 24 de outubro de 1968; 3.397, de 2 de
julho de 1970; 4.555, de 30 de abril de 1079; 4.860, de 15 de dezembro de 1980;
5.863, de 12 de janeiro de 1987; e 7.865, de 22 de outubro de 1996.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia em 22-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o
PLE nº 059/08. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o
PLE nº 059/08.
O SR. ADELI SELL: Ver. Sebenelo, eu gostaria
apenas de explicar aos colegas Vereadores e às colegas Vereadoras que se trata
da consolidação de toda a legislação do comércio ambulante da cidade de Porto
Alegre, algo feito por profissionais desta Casa, mandatados pela Mesa
Diretora - entre eles, a Drª Rosi - e também por funcionários da Secretaria
Municipal da Produção, Indústria e Comércio, em especial a servidora Irapuã, de
longa tradição na SMIC. É a consolidação de toda a legislação do comércio
ambulante. Era de difícil aplicação, era um conjunto de leis entrecortadas de
longos anos, como se viu aqui, da década de 50 até hoje, sendo aprovadas partes
revogadas, etc. Portanto, queria dizer às senhoras e aos senhores - eu, que
tenho uma passagem rápida pela SMIC, mas que sempre tratei dessa legislação -
que em boa hora veio a consolidação da legislação do comércio ambulante.
Parabéns à Mesa Diretora e aos servidores da Câmara que trabalharam nessa
questão; parabéns à Secretaria Municipal da Indústria e Comércio e seus
servidores, que fizeram esse árduo trabalho conjunto. Espero que aprovemos por
unanimidade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Adeli Sell.
Não há mais quem queira discutir. (Pausa.) Em
votação nominal, por solicitação da Verª Neuza Canabarro, o PLE nº 059/08.
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº
2921/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 116/08, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que determina a obrigatoriedade de divulgação de imagens
de pessoas desaparecidas nos “sites” dos prestadores de serviços municipais e
dos órgãos e das entidades da Administração Pública Direta e Indireta do
Município de Porto Alegre.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 22-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLL nº 116/08.
(Pausa.) O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº
116/08.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
esta iniciativa que propomos busca fazer com que se use todo o instrumental,
diríamos contemporâneo, que é exatamente o sistema da Infovia, ou seja, o sistema de
informatização, que hoje está com uma capacidade significativa em termos de
divulgação, em termos de conhecimento, que são os sites. E o nosso site
já adota, exatamente, tanto quanto possível, a divulgação de pessoas
desaparecidas. É impressionante o número de pessoas desaparecidas,
principalmente de crianças, de adolescentes e de pessoas com deficiência
física. E um dos fatores que contribuiriam para a localização dessas pessoas é,
exatamente, a divulgação. Como divulgar? Pela televisão, pelo rádio, pelos
meios de comunicação falados, escritos e televisados? Sim, mas pela Infovia, ou
seja, pelos sites das entidades, principalmente as entidades que prestam
serviços públicos - não são particulares, vejam bem. Aqui me parece que há uma
compreensão da parte da Procuradoria da Casa, porque não se trata de
particulares serem obrigados, não; são aquelas entidades e atividades
permissionadas e concessionárias do serviço público que realizam, como se elas
fossem serviço público, as suas atividades.
Portanto,
trata-se de um Projeto extremamente singelo e que vem contribuir,
inquestionavelmente, para que se faça, Ver. Carlos Todeschini, a ampla
divulgação de pessoas, de crianças. Porque os dados são, efetivamente,
estarrecedores. E essas são matérias que não têm grande divulgação, a não ser
em nível de assistencialismo, diríamos assim. Mas, se a mídia - principalmente
a mídia escrita, os jornais - fosse obrigada a publicar as fotos de pessoas
desaparecidas, pelo que eles representam, pela força que têm em termos de
divulgação, nós teríamos abreviado significativamente o tempo de localização de
pessoas, principalmente de crianças. Os dados fornecidos pela Secretaria de
Segurança e por órgãos ligados à Assistência Social, que mostram o número de
pessoas desaparecidas em nossa Cidade, em nosso Estado e em nosso País, são
extremamente estarrecedores. A tarefa de encontrar essas pessoas torna-se
difícil, por falta, muitas vezes, do esgotamento de todos os instrumentos e
mecanismos de divulgação. É comum vermos determinadas preocupações,
positivamente, para com animais, mas parece que o ser humano, na sociedade de
massa, nesta sociedade massificada, vai perdendo o seu valor.
Então,
parece-me importante divulgarmos por todos os meios possíveis, especialmente
nesses instrumentos que são fundamentais, os sites, os blogs de
pessoas desaparecidas, no sentido de localizá-las e reintegrá-las à vida da
família, enfim, até à vida social, porque muitas vezes se desgarram e perdem
até o seu rumo, o seu destino. Esta é uma iniciativa singela, mas que se nos
afigura extremamente importante no sentido da localização de pessoas
desaparecidas. Muito obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Elói Guimarães.
Não
há mais quem queira discutir. Em votação o PLL nº 116/08. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2937/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/08, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que
cria, no Município de Porto Alegre, o Programa de Gestão de Resíduos Sólidos e
Orgânicos, destinado aos estabelecimentos que necessitem de licenciamento
ambiental para o seu funcionamento, e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 19-11-08;
- adiada a discussão por uma Sessão em 26-11-08.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLL nº 118/08. (Pausa.) O
Ver. Carlos Todeschini, autor do Projeto, está com a palavra para discutir o
PLL nº 118/08.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Sebenelo; Ver. Garcia, Líder da Bancada; Ver. Comassetto,
nossa Liderança, este Projeto que cria o Programa de Gestão de Resíduos Sólidos
e Orgânicos, destinado aos estabelecimentos que necessitem de licenciamento
ambiental para o seu funcionamento, com base na Lei Estadual nº 9.921, de 27 de
julho de 1993, e alterada pela Lei nº 10.099, de 07 de fevereiro de 1994, no
art. 2º diz (Lê.): “O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos e Orgânicos
consistirá no gerenciamento de resíduos recicláveis sólidos e orgânicos gerados
pelos estabelecimentos a que se destina esta lei, objetivando a minimização
desses resíduos na origem, seu reaproveitamento e sua reciclagem.” Bem, colegas
Vereadores e Vereadoras, nós fizemos um debate, isso veio da idéia de que
muitos empreendimentos licenciados têm como contrapartida a questão da
obrigatoriedade da entrega dos resíduos para os galpões de reciclagem para
geração de renda.
Eu quero aproveitar e agradecer muito as
contribuições do Ver. Beto Moesch, que fez a redação de cinco Emendas para
melhorar a técnica do Projeto, elas estão assinadas pelas Lideranças das
Bancadas: Ver. Garcia, do PTB; Ver. João Dib, do PP; Ver. Carlos Comassetto, do
PT. Fizemos uma consulta e estamos pedindo que a votação da matéria ocorra
neste dia, porque o Conselho do Meio Ambiente vai se reunir só na última
semana, então não daria tempo de isso acontecer. E vejo agora o Ver. Professor
Garcia, que recebeu uma informação do DMLU, que pede que se agregue... Peço,
então, que façam na forma de emendas, porque o Projeto, caro Vereadores e
Vereadoras, é muito importante, dada a quantidade de equipamentos na cidade de
Porto Alegre que necessitam de licenciamento ambiental, Verª Maria Luiza, como shopping
centers, como os grandes supermercados, como os Projetos - que estamos
discutindo agora - do Grêmio e do Internacional e muitos outros que virão pela
frente e que podem ser fontes de geração de matéria-prima para os galpões de
reciclagem que atuam no Município de Porto Alegre de forma organizada.
Participaram com a gente os recicladores das ilhas, que estão aí; os Profetas
da Ecologia, que examinaram, que apóiam o Projeto; a Srª Marli Medeiros, que é
liderança histórica e militante na luta dos recicladores.
Isso não é uma novidade, porque também o
Governo Federal faz, por decreto, com que todas as empresas estatais sejam
obrigadas a destinar os seus resíduos para os galpões de reciclagem. E nós
aprovamos aqui nesta Câmara, por maioria, uma lei, em julho deste ano, que
proíbe, ao longo dos oito próximos anos, a circulação de carroças e carrinhos
na cidade de Porto Alegre. Pois bem, Ver. Claudio Sebenelo, este Projeto vai ao
encontro de dar alternativas para a geração de renda daqueles que, por força de
lei, serão substituídos aqui na Cidade. Que sejam bem-vindas as Emendas do
Governo.
Agradeço muito, novamente, o esforço do
Ver. Beto Moesch, que com sua assessoria contribuiu também para o
aperfeiçoamento do Projeto e com outras medidas que nós temos que tomar na
cidade de Porto Alegre. O Ver. Beto Moesch sempre insiste na questão dos
resíduos inertes, de que tem que haver um plano para o gerenciamento dos
inertes em Porto Alegre, porque existe uma quantidade gigantesca de material
gerado sem destinação. O Projeto em pauta, em votação neste momento, trata
especificamente dos resíduos recicláveis para reaproveitamento de materiais,
que vão servir e ajudar - muito, sim - na geração de renda, vão ajudar e muito
a substituir e dar alternativas aos trabalhadores que não vão poder mais
circular com carroças nem com carrinhos na cidade de Porto Alegre. Este é um
Projeto que vem ajudar a Cidade.
Eu creio que o DMLU deve ter
alternativas, propostas, as quais sugiro que sejam encaminhadas também através
de emendas. Não deixemos de fazer desta oportunidade uma grande chance para
produzir um avanço institucional na cidade de Porto Alegre, porque muitas das
obrigações obtidas e tidas, gravadas sem licenças ambientais, depois não são
cumpridas. E nós queremos que isso seja lei para ter força de lei, para o
cumprimento por parte das autoridades e dos organismos licenciados na
destinação dos resíduos aos galpões de reciclagem. Muito obrigado pela atenção
de todos, Vereadores e Vereadoras.
(Não
revisado pelo orador.)
O
Projeto tem muito, e não pouco, mérito, mas faltavam, na minha opinião - e
consegui mostrar -, algumas correções de ordem técnica, como, por exemplo, todo
resíduo reciclável é sólido, não precisando colocar a expressão sólido. Entendo
que não devemos proibir em lei municipal. Já estou aqui falando das Emendas e
do porquê voto a favor do Projeto com as Emendas. Acho que o Plenário, Ver.
Carlos Todeschini, iria se precipitar em votar contra o Projeto, e V. Exª foi
sensível em entender que deveria haver o adiamento, para que pudéssemos fazer
algumas emendas de caráter eminentemente técnico.
A
queima de resíduos, que não tem a ver com os galpões, entendi que não cabe ser
enfrentada em legislação municipal, porque já está colocado no Decreto Estadual
que isso pode ser alterado a qualquer momento. São algumas correções de ordem
técnica que nós apresentamos em Emendas, todas elas em sintonia tanto com o
autor, Ver. Carlos Todeschini, como com outras Lideranças. Pelo que estou
vendo, o próprio Ver. Professor Garcia, Líder do Governo, está entendendo que é
possível aprovar o Projeto; o Ver. Dr. Goulart também é um dos co-autores
dessas Emendas, tem-se dedicado a essa pauta de saneamento lato sensu,
esgotos domésticos, cloacal, pluvial, drenagem e resíduos sólidos.
Também
entendemos que, num primeiro momento - por isso a importância dos regulamentos,
Ver. Carlos Todeschini -, todos devem levar obrigatoriamente os seus resíduos
para os galpões. Isso pode ser feito, e defendemos isso, ainda mais com a
aprovação da Lei das Carroças, com a ampliação dos galpões, a qualificação e
melhor estruturação dos atuais. Conversando com vários Vereadores, inclusive
com V. Exª, Verª Maria Celeste, Dr. Raul e outros, vimos que deveríamos puxar
essa pauta, ouvir a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, ouvir a Comissão
Especial sobre regulamentarmos a Lei das Carroças tendo como pauta principal a
estruturação dos catorze galpões existentes e a ampliação de outros, o que, na
minha opinião, é a melhor maneira de darmos um destino adequado aos resíduos
domésticos e comerciais - porque muitos são comerciais - e, ao mesmo tempo,
fomentarmos a inclusão social de pessoas.
Lamentavelmente,
num País como o nosso, que é, sim, um país socialmente de Terceiro Mundo, que
tem uma das maiores divisões econômicas do planeta e que tem uma classe média,
Verª Maria Luiza, que, em grande parte, continua não separando os resíduos, que
não quer saber dos resíduos que gera, porque acha que, por pagar impostos, o
Poder Público vai fazer tudo, e não sabe dos malefícios ambientais e sociais
dessa sua omissão, dessa sua indiferença com relação à Cidade... Então, a
crítica aqui é a uma classe média, principalmente classe média alta pedante,
que não separa os seus resíduos na sua maioria e que nem quer saber o que
acontece com eles. Nós temos mais de seiscentas famílias que dependem da separação
adequada de resíduos.
Finalizo
dizendo que o principal motivo de ter tentado colaborar com o Projeto de Lei de
V. Exª, Ver. Todeschini, é que essa pauta deveria ser uma pauta, Ver. Dr.
Goulart, diária nesta Casa. A gestão de resíduos deveria ser uma pauta diária
nesta Casa. Porto Alegre é uma das únicas cidades do País que não têm uma
política para os resíduos da construção civil; com exceção das Licenças
Ambientais de grandes empreendimentos públicos ou privados, nós não temos uma
política para o reaproveitamento e reciclagem dos resíduos da construção civil,
assim como de outros tipos de resíduos. Por isso a importância deste Projeto,
também, de trazer o debate para esta Casa de um tema, Ver. Sebenelo, sobre o
qual V. Exª tanto se debruçou, que é a gestão dos resíduos na sua mais variada
concepção. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado,
Ver. Beto Moesch.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLL n° 118/08.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Ver.
Claudio Sebenelo, Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, rapidamente,
Ver. Carlos Todeschini, quero dizer que a nossa Bancada vota favoravelmente,
compreende que restabelece uma discussão sobre a política dos resíduos que hoje
não temos no Município de Porto Alegre. E isso se agravou mais ainda com a
questão da aprovação da Lei das Carroças, porque até agora ficou um espaço, um
vácuo, deixando absolutamente deserdada toda uma população já empobrecida, e
agora é tirado um direito sagrado na questão de poder colocar em prática os
nossos ecologistas, que digo que prestam um trabalho maior do que o próprio
Município com essa pequena missão, que não chega a um terço das necessidades da
nossa Cidade.
Portanto,
é restabelecer, como pauta prioritária, no Município de Porto Alegre, a questão
dos resíduos sólidos, a questão dos galpões, e este Projeto do Ver. Carlos
Todeschini, que restabelece essas políticas com todos aqueles que têm
licenciamento ambiental para o seu funcionamento, traz uma dignidade ora
manchada nesta Casa. Digo isso com toda a tranqüilidade, considero que não
fizemos um discurso fácil com relação a esse tema e que muitas vezes fomos mal
compreendidos pela sociedade, em especial pelos formadores de opinião, que é a
classe média, classe média alta, em especial por muitas organizações que se
preocuparam, em determinado momento, usando a questão do meio ambiente, da
questão dos animais, como se fôssemos contra, como se fôssemos favoráveis aos
maus-tratos dos animais, fomos punidos por isso também. Mas fica aqui a
consciência tranqüila de manter aquilo que acreditamos, que é, de fato, a
inclusão. Esse Projeto, Ver. Carlos Todeschini, trabalha com o aspecto da
inclusão e de colocar em prática um dispositivo que venha novamente a integrar esse
setor, que foi penalizado.
O
Sr. Dr. Raul: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maristela, queria me somar
de maneira muito especial, porque também defendi a não-extinção das nossas
carroças da maneira como isso foi feito em Porto Alegre, sabendo da
necessidade de toda a população, com quem trabalho há muitos anos, a população
mais pobre desta Cidade. E quero dizer que a gestão dos recursos que a Cidade
precisa desenvolver em relação aos resíduos sólidos é muito importante e
favorece a criação dos novos galpões, favorece a qualidade de vida e a renda
dessas pessoas. Nós realmente temos que nos debruçar para que isso aconteça.
Que Porto Alegre tenha uma gestão clara e organizada dos seus resíduos sólidos.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Muito
obrigada, Ver. Dr. Raul. Só para dizer que, além da questão dos resíduos
sólidos, também existe a questão do resíduo orgânico.
Então, senhoras e senhores, nós vamos fechar uma
gestão desta Casa, votando favoravelmente, colocando na ponta do gerenciamento
de políticas públicas, econômicas e sociais este Projeto, que é de uma natureza
que resgata - e eu coloco muito isso e falava em outro Projeto aqui que
encaminhei - a dignidade humana e econômica, e muitos vêm fazer discurso, ou
muitas vezes usaram para tripudiar, em cima de votos que considero uma honra.
Na época, eu dizia assim: “Bom, se a questão é perder voto, neste momento a
minha linhagem é ser carroceira”. Diz isso quem não foi reeleita, digo isso com
dignidade, de quem sai desta Casa com a tranqüilidade, de quem acredita ter
votado corretamente.
Neste momento, quero sensibilizar, Ver. Ismael,
esta Casa, para que nós, com a ajuda do Ver. Beto Moesch, a quem cumprimento
aqui... Vamos deixar nesta Casa um exemplo de como uma Casa pode evoluir, porque
teve, sim, um lapso, uma falha, mas ela resgata, com o Projeto do Ver.
Todeschini, uma questão social, política e econômica. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 118/08.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Ver. Claudio
Sebenelo, na presidência dos trabalhos; nobres Vereadores e Vereadoras, quero
me congratular com a minha nobre colega Maristela Maffei, Vereadora até o
último segundo; vamos cumprir com as nossas obrigações aqui nesta Câmara.
Parabéns, nobre colega.
Sobre o Projeto do colega Ver. Carlos Todeschini,
eu também encaro como o início de uma retomada de posição de Porto Alegre. E,
se eu não viesse aqui hoje falar o que vou falar, eu seria cobrado quando
chegasse em casa hoje, porque eles, lá em casa, estão dizendo que, no dia em que encontrarem o
Prefeito de Porto Alegre, vão fazer um pedido: querem a cidade de Porto Alegre
mais limpa, com menos lixo. Talvez este Projeto, se ele for, obviamente,
sancionado, e espero que seja, ao menos teremos um início, mas a caminhada é
longa para chegarmos naquilo que é o ideal para nossa Cidade, chegarmos ao
ponto de industrializarmos todo o nosso lixo de Porto Alegre. Estaremos
economizando, inclusive, muita verba para fazermos um monte de atividades
sociais em Porto Alegre. Hoje nós pagamos um volume considerável de impostos, e
a Cidade está suja, a mercê dos ratos, a mercê de uma série de coisas, faltando
higiene. Isso contamina a Saúde Pública, contamina tudo, e o lixo pode ser
industrializado, ter a sua autogestão. Nós gastamos para recolher esse lixo, e
essas pessoas que recolhem o lixo, industrializando-o... Em dois ou três anos,
o investimento, por si só, estará pago, a Cidade estará limpa, e sobrará, Ver.
Todeschini, muito mais verba para fazermos creche, para fazermos o que for
necessário para inclusão social da nossa Porto Alegre.
Quero
parabenizar o nobre colega pela insistência neste Projeto, eu acredito que a
Casa vá aprová-lo, mas o Ver. Todeschini, que vai continuar nesta Casa - eu,
infelizmente, vou retornar às atividades que deixei quando vim para esta Casa
-, que não pare por aí, pois isso foi objeto de três ou quatro pronunciamentos
meus daqui desta tribuna, tratando a respeito do lixo de Porto Alegre. Diversas
cidades que implementaram a industrialização do lixo hoje estão
auto-suficientes, com emprego, com uma cidade mais limpa, com uma cidade mais
saudável. Por que Porto Alegre não pode avançar na sua autogestão, buscar uma
disponibilidade de renda maior, Ver. Dr. Goulart? Principalmente nesses
momentos de crise que estamos atravessando. Como é que se combate uma crise,
quando as arrecadações começam a se tornar mais parcas? Investindo naquilo que
nos dá um retorno mais próximo, mais imediato, para que esses investimentos se
somem a outros, e possamos alcançar aqueles de longo prazo, de maior volume e
de maior custo. Foi assim que nós administramos um clube classe média/baixa,
com investimentos triplicamos o patrimônio. É investir em projetos que possam
trazer um retorno imediato. E a mesma coisa na Administração Pública, e este é
um Projeto que está de olhos abertos, esperando que peguemos o lixo e o
industrializemos, dando emprego, dando renda, economizando renda para o
Município de Porto Alegre.
Então,
parabéns, Ver. Todeschini; mostramos que o Democratas vota os bons projetos, é
o testemunho, de sobra, do nosso comportamento durante esses quatro anos aqui
como Vereador desta Casa. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo):
Está encerrada a discussão. (Pausa.)
Em
votação o PLL n° 118/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o bloco das Emendas de 01 a 05 ao PLL n° 118/08. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A
Mesa apregoa duas Emendas de autoria do Ver. Luiz Braz. Subemenda n° 01 à
Emenda n° 04, do PLCE n° 019/08, que passa a ter a seguinte redação: “2 -
Deixar de proceder à escrituração fiscal ou deixar de apresentar declaração
fiscal, na periodicidade, forma e prazo estabelecidos na legislação.” Emenda n°
17, do Ver. Luiz Braz, ao PLCE n° 019/08: “Art. 1º - Altera-se o inciso IX, do
art. 1° [...], que altera o caput e o parágrafo 2° do art. 63 da LCM
07/73, que passa a ter a seguinte redação: ‘Art. 63 - A consulta referida no
art. 62 será respondida por escrito. Parágrafo 2°- Fica suspensa a
exigibilidade do crédito tributário originado de procedimento fiscal promovido
em relação à espécie consultada, durante a tramitação desta e até 30 dias após
recebimento da resposta’.’’
A
Mesa anuncia a retirada da Emenda n° 12, ao PLCE n°019/08, assinada pelo Ver. José
Ismael Heinen.
Submetida ao Plenário a dispensa do envio às Comissões da Subemenda nº 1 à Emenda nº 04 e as Emendas nºs 08, 09, 10, 11, 17 ao PLCE nº 019/08, assinadas pelo Ver. Luiz Braz.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 6703/08 – PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 019/08, que altera as Leis Complementares
nos 7, de 7 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os
tributos de competência do Município; 113, de 21 de dezembro de 1984, que
institui a Taxa de Coleta de Lixo; 197, de 21 de março de 1989, que institui e
disciplina o Imposto sobre a transmissão “Inter-Vivos”, por ato oneroso, de
bens imóveis e de direitos reais a eles relativos; 306, de 23 de dezembro de
1993, que institui hipótese de responsabilidade pelo pagamento do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN e 534, de 28 dezembro de 2005, que
institui o TART, e dá outras providências. Com Emendas nos
01 à 11.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB Relator-Geral Ver. João
Carlos Nedel: aprovação do Projeto e da Emendas nos 03, 04, 05, 06 e
07.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, §
1º, I, da LOM;
- retiradas as
Emendas nºs 01 e 02;
- incluído na
Ordem do Dia em 18-12-08.
O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLCE nº 019/08. (Pausa.) O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 019/08.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, servidores da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, representantes de entidades, eu acho que
este Projeto é de extrema importância, porque ele acaba tocando num conjunto de
itens. Claro que a Administração Pública Municipal deve se preocupar com a
arrecadação. Eu dialoguei várias e várias vezes nos últimos anos, especialmente
neste, com a Secretaria Municipal da Fazenda. Agora mesmo estávamos discutindo
com a Direção do Secovi, está aqui o Dr. Moacyr Schukster e
outros, para que tenhamos o cuidado de aprovar uma legislação que não onere as
entidades, que não onere a iniciativa privada, que faça com que a iniciativa
privada faça o papel do Estado. Quem tem fé pública para fiscalizar, quem deve
fiscalizar é o Município.
Nós
chegamos a alguns acordos sobre algumas Emendas, mas ainda falta, na minha
opinião, um longo caminho, que devemos percorrer nessa questão tributária em
Porto Alegre. Ver. Mauro, eu estou desde 1998/1999 envolvido diretamente na
discussão tributária de Porto Alegre e também na questão fiscal e vejo que
tivemos alguns avanços significativos. Estamos arrecadando mais; nós tínhamos
uma verdadeira enxurrada de instituições, de empresas que iam para fora de
Porto Alegre por causa da alíquota muito alta do ISSQN. Já conseguimos resolver
vários problemas, mas eu queria apelar, de modo significativo, para a questão
do Centro de Feiras e Eventos. Nós estamos perdendo feiras e eventos, por
exemplo, para Bento Gonçalves; já perdíamos muito para Gramado e vamos
continuar perdendo para Santa Catarina e outros lugares, que têm 2% de
arrecadação do ISSQN.
O
mesmo acontece com as agências de viagem, que estão quebrando aqui.
Simplesmente colocam uma agência de viagem num outro endereço, você opera no
seu computador de casa e paga 2%, enquanto quem tem a empresa aberta em Porto
Alegre paga 5%. Isso está errado! Porto Alegre está perdendo. Nós colocamos
antes que há gente que coloca a empresa fora de Porto Alegre, não tem
idoneidade, nós temos gente que monta cooperativa de empresa falida, como foi
denunciado há pouco, mas não podemos colocar a responsabilidade dessa
fiscalização em cima de um condomínio que é gerido pelos moradores e não por
profissionais. Nós não podemos encarecer esse tipo de serviço. Nós temos,
portanto, de desburocratizar a máquina pública.
Eu
sei que temos, Brasinha, algumas contradições. O Líder do Governo me colocou
que há algumas coisas que aceita, outras não, então vamos fazer um bom debate.
Vamos votar com o Projeto, Ver. Garcia, mas vamos disputar as Emendas. Não
sendo aprovadas algumas das Emendas, no dia 05, depois do feriadão do final do
ano,
estaremos pautando todas essas questões com a Secretaria da Fazenda. Para mim e
para alguns Vereadores com quem conversei, teremos o ano de 2009 como o ano da
Reforma Tributária em Porto Alegre, da desburocratização da Prefeitura, será um
trabalho incansável, diuturno, Ver. Nilo Santos, Ver. Brasinha, que sei que
estarão aqui também. Nós faremos esse trabalho incansavelmente, porque
queremos, sim, garantir a arrecadação, como garantimos em outros Projetos de
Lei. A Prefeitura arrecada mais, arrecada melhor, e aquilo que nós não
conseguirmos aprovar hoje, Ver. Bernardino Vendruscolo, retomaremos no dia 05
de janeiro. Eu tenho certeza de que contarei com V. Exª e de que V. Exª poderá
contar comigo, porque faremos disso um grande trabalho de Reforma Tributária no
Município de Porto Alegre. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Claudio
Sebenelo): Obrigado, Vereador.
Não há mais
quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o
PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
(O Ver. Sebastião Melo reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço ao Ver. Claudio Sebenelo.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, a Emenda nº 03 ao
PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10
votos SIM, 14 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Bernardino
Vendruscolo, a Emenda nº 04 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.)
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, retiro o pedido de votação nominal.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo a
desistência do pedido de votação nominal, submeto à votação a Emenda nº 04 ao
PLCE nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 04 ao PLCE
nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor
Garcia, a Emenda nº 05 ao
PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09
votos SIM e 15 votos NÃO.
Em
votação nominal, solicitada pela Verª Sofia Cavedon e por outros Vereadores, a
Emenda nº 06 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 16 votos SIM e 08
votos NÃO.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente,
solicito a suspensão da Sessão por um minuto para acordarmos a formatação das
demais Emendas.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Atendendo ao
Requerimento de V. Exª, suspendo os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h21min.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 17h23min): Estão
reabertos os trabalhos.
Em votação a Emenda nº 07 ao PLCE nº 019/08.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. José
Ismael Heinen, a Emenda nº 08 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 24 votos SIM.
Em
votação a Emenda nº 09 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.
Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 10 ao
PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09
votos SIM e 14 votos NÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli Sell e por outros Vereadores, a
Emenda nº 11 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
REJEITADA por 16 votos SIM e 09 votos NÃO.
Está
encerrada a votação, mas a manifestação pode ser feita.
O
SR. ELIAS VIDAL: Queria
trocar para “sim”, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): “Sim”,
está feita a manifestação, mas não há possibilidade de mudar o voto.
Senhores,
a Emenda nº 12 foi retirada. Vamos à Emenda nº 13.
O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Conversei com
o autor da Emenda, o Ver. Dr. Goulart, e ele concorda que votemos a Emenda nº
13 e a Emenda nº 14 juntas.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia para que a Emenda nº 13 e a
Emenda nº 14 ao PLCE nº 019/08 sejam votadas em bloco. Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação nominal, por solicitação do Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 13 e a
Emenda nº 14 ao PLCE nº 019/08. (Após a apuração nominal.) REJEITADAS
por 08 votos SIM, 11 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 15 ao PLCE
nº 019/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM
e 16 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 16 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 17 ao PLCE nº 019/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Apregoamos
as Emendas nº 07 e 08, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, ao PLCE nº 008/08.
Apregoamos
a Emenda nº 09, de autoria do Ver. Professor Garcia, ao PLCE nº 008/08.
Em
votação Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia, solicitando dispensa
do envio das Emendas nºs 07, 08 e 09 ao PLCE nº 008/08 à apreciação das
Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoamos a votação
em destaque da Emenda nº 06 ao PLCE nº 008/08, sendo deferida de plano.
Apregoamos a retirada de tramitação da Emenda nº 05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, como há quase dez Emendas, eu requeiro a interrupção da
Sessão por um minuto, para que possamos formatar e verificar o teor das
Emendas. É uma questão, no máximo, de dois ou três minutos.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião
Melo): Ver. Professor Garcia, eu atendo o seu pedido, rigorosamente, por dois
minutos. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h40min.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 17h42min): Estão reabertos os trabalhos.
Quero
comentar o Edital de Audiência Pública que a Casa realiza hoje, para que as
comunidades possam tomar conhecimento do conjunto de medidas previstas do
Projeto Integrado Socioambiental - PISA -, especialmente sobre a área de
reassentamento das famílias do bairro Cristal. Essa Audiência acontecerá hoje,
no Plenário Otávio Rocha, a partir das 19 horas, e os Srs. Vereadores estão
todos convidados a participarem do encontro. A nossa Casa tem produzido um
conjunto de Audiências Públicas, e, mesmo estando na reta final do ano, a gente
não quis deixar nenhuma solicitação pendente. Portanto, estamos realizando hoje
à noite mais uma Audiência Pública.
O
SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Peço a
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, por solicitação do
Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Temos
16 Vereadores presentes. Não há quórum para a Ordem do Dia. Está encerrado o
período de Ordem do Dia.
Passamos
ao
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores,
no dia 29 vamos ter outra Sessão, já com assuntos bem definidos: em relação à
arena do Grêmio e ao Sport Club Internacional. Quero aproveitar que hoje é
praticamente a última Sessão, primeiro, para agradecer aos meus colegas
Vereadores da base pelo apoio e confiança que depositaram em mim como Líder do
Governo; quero fazer um agradecimento especial ao Partido dos Trabalhadores e
ao Partido Comunista do Brasil pela maneira fraterna - dura, mas fraterna - das
nossas relações. Acho que, pela forma como foram construídas as relações, houve
um crescimento. No final do ano, com todas as discussões, conseguimos votar
todas as matérias tributárias, a missão que tínhamos recebido por parte do Sr.
Prefeito de Porto Alegre.
Quero
também desejar àqueles Vereadores que estão nos deixando que continuem a sua
militância política nos seus Partidos, em suas comunidades, e saúdo os 16 novos
Vereadores. Foi, sem sombra de dúvida, a maior alteração da Câmara Municipal de
Porto Alegre nos últimos anos. Esta Casa, a partir do ano que vem, terá, por
vontade popular, uma alteração de 44% dos seus membros. Teremos a missão de
analisar e votar a questão do Plano Diretor, Plano tão discutido, que não
conseguimos levar a bom termo este ano em função das eleições.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Garcia, quero aproveitar
o gentil aparte de V. Exª e desejar a todos os queridos colegas Vereadores e
Vereadoras, funcionários desta Casa, pessoal da imprensa, à nossa TVCâmara, um
feliz e abençoado Natal. E que Deus ilumine cada um, juntamente com seus
familiares e, claro, também a nossa população de Porto Alegre. Muito obrigado.
O
SR. PROFESSOR GARCIA:
Obrigado, Ver. Ervino Besson.
Queremos
também aproveitar este tempo e dizer que, neste final de ano, o Prefeito Fogaça
está formatando a sua engenharia para a formação do seu Secretariado. Que
também nesta Casa possamos, neste final de ano - teremos poucos dias -, fazer
um acordo de Mesa e Lideranças. Volto a reiterar que esse acordo seja para os
quatro anos e que seja rigorosamente cumprido.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, para nós foi motivo
de muito orgulho tê-lo como Líder do Governo.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado.
O Sr. Alceu Brasinha: Vossa
Excelência fez um trabalho muito bom, mesmo; algumas vezes, tivemos
divergências, mas quero lhe dar os meus parabéns por ter conduzido tão bem os
trabalhos aqui na Câmara. Parabéns, Ver. Garcia, que V. Exª continue sendo essa
pessoa querida de sempre. Eu o admiro muito.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador, é
que, quando a gente recebe uma missão, às vezes temos que ser brandos e, em
outras vezes, duro. Eu sei que todos os senhores entenderam as posições que
tínhamos para assumir.
Quero finalmente, Presidente, não vou ocupar todo o
tempo, desejar aos cidadãos e às cidadãs da nossa Cidade um próspero Natal...
Vou interromper, depois farei as minhas saudações, vou continuar aqui
concedendo apartes, porque acho importante que os Vereadores possam também se
despedir.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Professor Garcia, primeiro, sobre a
sua fala a respeito da afirmação política dos acordos políticos desta Casa: em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, estamos aqui ratificando o acordo
estabelecido de a presidência da Casa ser exercida pelas quatro maiores
Bancadas. Portanto, venho aqui ratificar essa construção, que já é histórica da
Casa, e, assim, com as demais Lideranças, já temos esse acordo, basta agora
concretizarmos quem serão os colegas que exercerão essa função. Muito obrigado.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Garcia, eu quero cumprimentá-lo pela
condução dos trabalhos, eu acho que, na medida do possível, a gente sabe o
quanto é difícil estar tanto na situação como na oposição, enfim, liderar uma
Bancada tão sui generis, tão grande, mas V. Exª foi de uma disciplina,
de um comportamento que nos deixa profundamente felizes. Sabemos que aquilo que
está à sua espera V. Exª fez por merecer. Então, boa sorte; tudo isso não foi
por sorte, foi por capacidade, mas trata-se de uma luta que realmente está à
altura da sua dignidade. Parabéns.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigada,
Vereadora.
O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Ver. Garcia, eu também não poderia deixar de me
somar ao que os colegas já falaram aqui a respeito do seu trabalho na Liderança
do Governo nesta Casa. Desejo a todos, realmente, um excelente Natal, um
excelente Ano-Novo. Ao nobre Vereador, em especial, que, nas missões que terá
pela frente, na nova missão que desenvolverá no ano de 2009, a desempenhe tão
bem como vem desempenhando seu trabalho até agora na vida pública.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado,
Vereador.
Então, gostaríamos de reiterar os votos de um bom
Natal para população de
Porto Alegre, população que está sempre atenta. Eu sou testemunha, nesses meus
doze anos de Vereador, que, toda vez que há um tema polêmico, a cidade de Porto
Alegre se mobiliza através da organização civil, das entidades comunitárias,
vêm aqui para esta Casa, faz o seu eco, tem a sua posição.
Então,
realmente, este espaço que eu estou ocupando, o espaço do Parlamento, é o lugar
das grandes decisões, é o lugar dos grandes diálogos. E eu sou daqueles que entendem
que, quando se tem dúvida, nós temos que avançar, avançar até tentar buscar um
consenso.
Desejo
aos cidadãos e às cidadãs de Porto Alegre um feliz Natal, que não se esqueçam
de procurar o mais próximo e estampar um sorriso, porque nós vivemos em uma
sociedade tão cruel, tão individualista, que, muitas vezes, ela se esquece
daqueles que estão mais próximos. Então, muitas felicidades a todos e a todas e
que possam ter um 2009 repleto de realizações. Muito obrigado, Sr. Presidente.
E quero também, Presidente, agradecer o seu trabalho, o seu empenho, a sua
dedicação e a forma de atuação que desempenhou ao longo do ano de 2008 aqui na
Casa. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, visivelmente não há quórum. Quero convidar os Srs. Líderes; ou, na
ausência dos Líderes, os Vice-Líderes; na ausência dos Vice-Líderes,
representantes de Bancada, a irem à presidência para uma rápida reunião
imediatamente. Muito obrigado
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h54min.)
* * * * *